Forças de segurança informaram, na manhã desta sexta-feira (3), que uma mulher e o chefe da quadrilha de roubo a bancos estão entre os seis mortos por policiais na TO-342.
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Os suspeitos teriam trocado tiros durante uma abordagem. Investigações apontam que a mulher seria responsável por dar suporte ao grupo que ateria arrombado quatro instituições financeiras em pouco mais de um mês, em Divinópolis e Dois Irmãos.
Durante uma coletiva de imprensa realizada no quartel da PM, a Polícia Federal, que participou das investigações, disse que a mulher fazia parte da quadrilha e ajudava os criminosos com a organização.
“Levantamos que a mulher, ela dava suporte material e logístico para organização criminosa. Movimentando possivelmente armas, valores e equipamentos”, informou o delegado da PF, Hayder Eduardo Martins.
A polícia não quis divulgar os nomes dos mortos. Participaram da ação as polícias militar, civil, federal e rodoviária federal.
Os suspeitos morreram na madrugada desta sexta-feira (3). Conforme a Polícia Militar, eles estavam em uma área de mata, onde ficaram escondidos por dois dias.
O Tenente-coronel Fioravan Teixeira, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), informou que houve um confronto policial. Alguns chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.
“É uma área com muitas vicinais, nós fechamos todas elas e eles aproximaram da barreira nas imediações da cidade de Miranorte, ao ser dada a ordem de parada eles dispararam já contra as equipes. Houve a troca de tiros, alguns deles já foram feridos, um foi a óbito de imediato. Tomamos todas as medidas necessárias, foi chamado o Samu, mas em razão do tempo e até pelo calibre utilizado todos eles foram a óbito”, disse.
No carro foram encontradas armas e munições de vários calibres.
As investigações apontam que a quadrilha parecia não ter muita experiência com os ataques a banco. O delegado Evaldo de Oliveira Gomes, da 1ª Delegacia Especializada Em Investigações Criminais (DEIC) de Palmas, informou que os criminosos sempre usavam grande quantidade de explosivos, mas tinham dificuldade para ter acesso aos valores.
“Não havia um grau de tecnologia, tanto é que as imagens demonstram isso. A gente percebe que havia muito amadorismo, falta de técnica, até mesmo na questão do uso do explosivo que foi excessivo, descontrolado. Havia muita destruição da estrutura do prédio, mas eles não conseguiam êxito no sentido de abrir os cofres e retirar a quantia que eles objetivavam. Com isso havia um emprego de muita força e com pouco objetivo”, informou o delegado Evaldo.
O ataque em Dois Irmãos aconteceu pouco mais de um mês após assaltos em Divinópolis, no interior do Tocantins. No dia 29 de abril deste ano os moradores do município ficaram assustados quando criminosos invadiram uma casa lotérica e um banco durante a madrugada.
Conforme a Polícia Civil, as evidências contidas nos autos dos inquéritos apontam para coincidência de autoria, principalmente do núcleo de execução. “Tanto pela questão dos traços físicos, como a questão do perfil de agir, como a questão de reconheimento pessoal, dados móveis, tudo leva a crer que sejam as mesmas pessoas”, disse o delegado Evaldo.
O inquérito não está concluído e as forças de segurança continuam nas diligências de possíveis envolvidos.
Fonte: Por Letícia Queiroz, g1 Tocantins
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