18 de maio de 2024 10:14

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Em Araguaína, acusados de matar advogado por herança de R$ 7 milhões serão levados a júri popular após cinco anos

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Em Araguaína, acusados de matar advogado por herança de R$ 7 milhões serão levados a júri popular após cinco anos

O julgamento de dois réus, Rony Macedo Alves Paiva e Wanderson Silva de Sousa, pelo assassinato do advogado Danilo Sandes está marcado para esta terça-feira (20) em Araguaína. O crime aconteceu em 2017 e quatro pessoas estão respondendo por homicídio triplamente qualificado e formação de grupo de extermínio.

O júri popular está marcado começar às 8h no Fórum de Araguaína. Os outros dois réus recorreram e aguardam decisões dos recursos.

A investigação apontou que o advogado foi morto por causa da uma disputa por uma herança de R$ 7 milhões. A morte teria sido encomendada pelo farmacêutico Robson Barbosa da Costa, de 32 anos. Ele era cliente do advogado e fazia parte em uma ação de inventário.

A investigação na época revelou que o crime foi executado pelo ex-PM Wanderson Silva de Sousa e o PM João Oliveira Santos Júnior, além de Rony Macedo, que seria um suposto pistoleiro. Todos vão responder por crime de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa.

Julgamento após cinco anos

O assassinato do advogado aconteceu há mais de cinco anos, mas a decisão de levar o caso a júri popular saiu ainda em 2018. Na época, o juiz do caso entendeu que três réus deveriam ser julgados, mas decidiu absolver Rony Macedo Alves Paiva por falta de provas.

O Ministério Público recorreu da decisão e o recurso foi julgado em 2020, quando a 1ª Turma Julgadora da 2º Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins reformou a sentença de primeiro grau e decidiu levar todos a júri popular.

Na época o Tribunal também entendeu que o crime foi praticado por milícia privada ou grupo de extermínio. Com isso os réus, se condenados, poderão ter a pena aumentada até a metade.

Relembre o caso

Robson Barbosa da Costa, Wanderson Silva de Souza, Rony Macedo Alves Paiva e João Oliveira Santos Júnior foram indiciados pela Polícia Civil em novembro de 2017. O farmacêutico é apontado como mandante e os militares como executores.

Os investigadores apontaram que Robson tenha decidido matar Danilo após ele se recusar a participar de uma fraude. Danilo representava Robson na disputa por uma herança de R$ 7 milhões e não quis ajudar o farmacêutico a esconder parte do dinheiro dos outros herdeiros.

Conforme o MPE, o descontentamento de Robson ocorreu durante o acerto dos honorários advocatícios. Danilo ingressou com ação judicial cobrando a dívida e obteve decisão que o obrigou o farmacêutico a vender um caminhão para quitar a dívida.

A partir daí, Robson teria passado a arquitetar a morte de Danilo. Segundo o MPE, Rony Macedo Alves Paiva foi o intermediário que contratou os dois pistoleiros, Wanderson Silva da Sousa e João Oliveira Santos Júnior, para executarem o advogado. Pelo crime, os policiais receberiam R$ 40 mil.

O advogado teria sido atraído com o pretexto de que queriam fazer um inventário no valor de R$ 800 mil, além de imóveis e gado na região de Filadélfia. No dia 25 de julho de 2017, Danilo Sandes marcou encontro com militares entrou no veículo deles para que pudessem ir até Filadélfia.

No percurso, os pistoleiros deram dois tiros na nuca de Danilo e esconderam o corpo em um matagal. A vítima só foi localizada dias depois pelo morador de uma fazenda.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820

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