Ana Lacerda, de 57 anos, moradora da região sul de Palmas, aliou sua determinação ao poder de transformação social do empreendedorismo e se destacou abrindo o próprio negócio.
- Publicidades -
Assim como as mulheres que sustentam 48,7% das famílias no Brasil, com apontou um estudo realizado pelo Grupo Globo, Ana também era a única provedora de renda em sua casa até ficar desempregada em dezembro de 2022.
Ela trabalhava com faxineira, mas acabou ficando sem serviço e os boletos não paravam de chegar. Ao Jornal Sou de Palmas, seu filho, André Lacerda, conta que grandes dificuldades financeiras surgiram e já não era mais possível arcar com necessidades básicas como aluguel, água e energia elétrica.
Empreendedorismo e criatividade
Ana começou a estudar sobre produção de doces por meio de vídeos e cursos como os fornecidos por entidades voltadas para o pequeno empreendedor. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), por exemplo, oferta mais de 100 cursos online e capacitações voltadas para o ramo alimentício.
Após conhecer mais como funciona o mercado de doces, Ana soube que precisaria de um diferencial para ganhar destaque na área.
Dessa forma, ela criou sua própria receita com uma característica que conquistou a todos: a cremosidade.Com apenas alguns meses de vendas, ela conseguiu se restabelecer financeiramente e quitar as contas.
Andando de bicicleta, ela passa pelas ruas da região sul levando sabor e arrancando sorrisos dos compradores.
Quebrando barreiras sociais
Seu pequeno negócio abriu portas que Ana sonhava há muito tempo. Devido às condições impostas pela vida, ela precisou adiar um dos maiores desejos: se formar em psicologia.
No entanto, a garra para começar a vender doces, a inovação em conseguir criar um produto que chama atenção do cliente e a determinação para encarar os desafios mudaram puderam transformar um sonho em realidade.
Hoje, além de garantir o sustento de si mesma e da família, ela é uma futura psicóloga e paga o curso superior com o sucesso das vendas das cocadas.
Protagonismo feminino
Ana, bem como as milhares de mulheres brasileiras donas do seu próprio pequeno negócio, possuem um mérito especial, pois além de enfrentarem as dificuldades de abrir uma empresa, precisam passar pelas limitações impostas por recortes de gêneros em uma sociedade com princípios machistas e patriarcais.
A presença feminina tem ganhado cada vez mais espaço na economia do Brasil e alcançou 10,3 milhões de mulheres à frente de empreendimentos no 3º trimestre de 2022, segundo dados do
Sebrae e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua,do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Acesse o infográfico completo aqui.
No Tocantins
Em 2023, conforme divulgou o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Tocantins, 58 mil mulheres são donas de pequenas empresas e dentro da categoria de Microempreendedor Individual (MEI), elas somam 41,47% dos registros.
Destas, 58% são as geradoras da principal renda dentro da família. É o caso de Ana, que com muita luta hoje carrega o título de ‘Aninha das Cocadas’.
Conheça as cocadas mais famosas da região sul de Palmas
Quem se interessar em experimentar ou fazer encomendas pode entrar em contato pelo número 63 9267-2330.
Envie sugestões de pauta ou denúncias para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 9 9274-5503