20 de maio de 2024 00:30

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Caso Henry: Pai da criança diz acreditar que avó ajudou a acobertar as agressões

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Caso Henry: Pai da criança diz acreditar que avó ajudou a acobertar as agressões

Leniel Borel, pai de Henry, disse acreditar que não apenas a mãe, Monique Medeiros, como também a avó materna da criança, Rosângela Medeiros, acobertaram as agressões que o filho estava sofrendo. Em entrevista ao Globo, o engenheiro comentou que a avó tentou desconversar sobre a situação e ainda supôs que Henry teria sido coagido a não falar do caso.

“Ele atendeu todo tristinho. Eu perguntei o que houve. Ele me disse: ‘Papai, eu não quero ficar na casa nova da mamãe’. Eu perguntei o que tinha acontecido, e ele respondeu: ‘O tio me machuca’. Ele estava perto da avó e da babá. Aí eu disse: ‘Vocês estão vendo aí que não é coisa da minha cabeça? Vocês não falam que sou eu que estou manipulando o Henry para falar isso?'”, disse.

O pai da criança também disse não entender as razões por trás do acobertamento da família da ex-mulher. De acordo com ele, apesar da separação, ainda existia uma relação de amizade e confiança com a ex-sogra.

“Durante a ligação, Dona Rosângela disse: ‘Leniel, esquece isso. O Henry é muito inteligente! Ele está fazendo isso por causa da nova casa, pois ele não quer ficar lá. Inclusive a Thayná (babá) está do meu lado e disse que ela fica com o Henry o dia inteiro e só sai quando a Monique chega. Quando a Monique chega, ela dorme com ele’.”

Henry foi submetido a sessões de terapia no início do ano e Leinel acreditava que a verdade poderia chegar com a profissional. Os pais da criança foram à primeira sessão e, de acordo com o engenheiro, em nenhum momento foi comentada as agressões.

As suspeitas cresceram quando, no mesmo dia da conversa com a avó, Monique telefonou para o ex-marido para avisar que tinha ido à psicóloga. Durante a conversa, ela insistiu para que o pai esquecesse dos comentários de Henry a respeito das agressões.

“Ela me ligou para dizer que o Henry estava morrendo de saudades de mim. Eu disse que também estava e que iria buscá-lo no fim de semana. Aí ela me disse que o Henry contou que o “tio” machucava ele. Eu comentei que havia acabado de falar isso com mãe dela. Ela, então, falou: ‘Tira isso da cabeça que isso não acontece. Inclusive, a Thayná só sai quando eu pego o Henry. Ele passa poucos momentos em contato com Jairinho, porque ele chega muito tarde da Câmara. Ele nem tem contato com ele’. Aí eu disse que, a partir do momento que eu visse uma marca no meu filho, a nossa conversa seria diferente.”

O pai diz que passou a examinar o corpo do menino e tentar extrair informações. No dia 6 de março, antecedente à morte da criança, Lienel buscou o filho no apartamento de Jairinho e Monique, e percebeu que a criança tinha um arranhão no nariz.

“Perguntei a ele o que era aquilo. Ele me respondeu: ‘Papai, eu não sei’. Hoje eu acho que ele foi coagido a não falar o que acontecia lá. Ele pode ter sido coagido.”

 

Avó prestou depoimento

Rosângela Medeiros foi interrogada pela polícia no mês passado. Ela relatou aos policiais que era muito próxima do neto que a criança costumava dormir em sua casa, em Bangu, na zona oeste do Rio, de três a quatro vezes por semana.

Além disso, era comum que os avós passassem algumas noites na residência do casal, na Barra da Tijuca. O parlamentar disse aos policiais que Henry dormia com os avós em seu próprio quarto, e que assim não interferia na intimidade do casal.

A mulher falou ainda que, no dia da morte de Henry, recebeu uma ligação da filha. Rosângela falou que a mãe do menino telefonou dizendo que Henry não estava respirando e que foi para o hospital. Ainda no trajeto para a unidade de saúde, Monique teria ligado e informado sobre a morte da criança.

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