25 de abril de 2024 04:21

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Caso Charleide: Prefeitura de Palmas decide afastar guardas metropolitanos envolvidos em suposta agressão à ativista negra

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Caso Charleide: Prefeitura de Palmas decide afastar guardas metropolitanos envolvidos em suposta agressão à ativista negra
Ativista e feminista negra, Charleide Matos, afirma que foi agredida por homens da GMP - Divulgação

Após a repercussão nas redes sociais do caso envolvendo a ativista e feminista negra de Palmas, Charleide Matos, nesta terça-feira, 03, a Prefeitura decidiu por afastar os servidores envolvidos na ocorrência.

Em nota encaminhada ao Jornal Sou de Palmas, a Prefeitura informou que abriu uma uma sindicância para apurar os fatos ocorridos na abordagem durante diligência na distribuidora de bebida, também localizada no Taquari.

Entenda o caso 

Um caso que repercute bastante nas redes sociais, nesta terça-feira, 03, em Palmas, é o que envolve a ativista e feminista negra Charleide Matos. Moradora do Taquari, bairro da região sul da capital, ela alega que foi agredida por guardas metropolitanos no último domingo – feriado do Dia do Trabalhador.

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Em suas redes sociais, a moradora relata o caso: ”Eu e meu namorado estávamos na distribuidora Bom Sucesso no Taquari. A guarda metropolitana chegou e fez uma abordagem violenta no meu namorado e ordenou que ele saísse do local vazado. Eu falei para os policiais que eu e nem ele sairia do local porque não somos bandidos e sim trabalhadores. Também questionei sobre a abordagem violenta, se eles faria isso com as pessoas do centro da cidade, automaticamente levei duas bofetadas na cara e as pessoas que presenciaram a cena humilhante pediram para eles pararem com as agrecoes. Isso se chama, racismo estrutural”, disse Charleide Matos.

O Coletivo Ajunta Preta, no qual Charleide faz parte, emitiu nota de repúdio sobre a ocorrência. ”A atuação truculenta, machista, racista, classista e criminosa da Guarda Metropolitana a uma mãe preta, trabalhadora e uma das maiores ativistas em defesa dos Direitos Humanos e da população negra e periférica de Palmas, ela vivenciou na pele mais esta violência por partes das instituições mantidas pelo poder público para agir em defesa de uma parcela específica da população e em detrimento das pessoas pobres, pretas e marginalizadas.

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Não é o primeiro caso

Em fevereiro deste ano, vídeos feitos por moradores da região sul de Palmas viralizaram, nas redes sociais, e mostraram o momento em que um jovem negro de 26 anos é agredido com chutes no rosto e também pisoteado durante uma abordagem da Guarda Metropolitana. As imagens foram feitas em um posto de combustíveis onde o jovem estava com amigos após assistir a um jogo de futebol no domingo (20).

Ainda na época, a Guarda Metropolitana de Palmas informou que este não é o procedimento padrão e que iria o caso. Disse ainda que se forem constatados excessos serão tomadas ‘as medidas cabíveis’, sem especificar que medidas seriam essas.

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Cobramos esclarecimentos

Sobre o caso envolvendo a ativista Charleide Matos, o Jornal Sou de Palmas cobrou um posicionamento da Guarda Metropolina de Palmas, por meio de sua assessoria de comunicação e aguarda esclarecimentos.

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