2 de maio de 2024 03:52

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Carne mais cara em Palmas! Preço da costela aumentou de R$ 13,99 para R$ 25,99 em relação a julho do ano passado; saiba porque

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Carne mais cara em Palmas! Preço da costela aumentou de R$ 13,99 para R$ 25,99 em relação a julho do ano passado; saiba porque

Quem vai aos açougues com frequência, já deve ter notado que o preço da carne vermelha subiu em Palmas. Depois que o governo reajustou o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), os frigoríficos acabaram repassando os valores. O consumidor já sente no bolso os reflexos desse aumento. A reportagem é da TV Anhanguera.

Comparando com o mesmo período do ano passado, o preço do contrafilé, por exemplo, subiu de R$ 24,99 para R$ 35,99. A picanha também encareceu e ficou R$ 10 mais cara, passando de R$ 39,99 para 49,99.

Até a costela, que era a opção do consumidor para gastar menos, teve alta de R$ 12 no preço. O corte custava R$ 13,99 em julho do ano passado. Agora, está sendo vendida a R$ 25,99.

Nem o tradicional chambari ficou de fora e subiu de R$ 16,50 para 20. As informações foram divulgadas pelo Procon, que periodicamente realiza pesquisas de preços.

Na casa do pedreiro Raimundo Gomes de Jesus é tradição, não pode faltar carne na mesa. Mas com o preço do produto subindo, o jeito é buscar alternativas para não deixar o salário todo no açougue.

“Ao invés de você comprar uma carne mais cara, compra uma costela que é mais barata. Realmente, ela está cara, mas é menos preço que as outras”, disse.

Francisco Severino é dono de um açougue em Palmas, onde os valores vêm subindo gradativamente. Ele conta que até tentou segurar os preços mais altos cobrados pelos fornecedores, mas teve que repassar ao consumidor. Segundo o comerciante, por causa do aumento, as vendas caíram cerca de 10%.

“Se nós não tivermos venda, automaticamente não vamos ter lucro. Então, nós não damos conta de nos manter no mercado”.

O consumidor tem procurado outras opções mais baratas, como os embutidos e o frango. As vendas tiveram aumento de 15% no último mês.

A estratégia foi adotada pelo Cleyton Neres, dono de um restaurante da capital. Ele relata que está comprando a carne vermelha por um valor 50% maior nos últimos meses. Por isso, reajustou o preço do prato feito e procura ter outras opções. “Filé de peixe, caranha, entendeu? Dando mais opção para o cliente para ele fugir também da carne”.

O economista Nilton Marques explica que, além do período seco, outro fator que contribuiu para o aumento no preço da carne, foi a volta do valor cheio do imposto cobrado pelo governo estadual na alíquota do ICMS que incide sobre a carne. Frigoríficos passaram a pagar até 4%, ao invés de 1%, como era antes. Um aumento que todos acabam pagando.

“É uma cadeia, acaba chegando no consumidor final, porque tem o repasse para os frigoríficos, os frigoríficos para os atacadistas, os atacadistas para os açougues e dos açougues para o consumidor final”, explica o economista.

Quem trabalha no ramo há 30 anos acredita que a previsão para os próximos meses não é de preços melhores.

“Sempre aumenta até dezembro, aí de dezembro em diante tem produto já com sobra de pastagem. Aí a tendência é baixar”, enfatizou o dono de açougue, Francisco.

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