Após mais de dois séculos longe das florestas cariocas, quatro araras-canindé voltarão a colorir o céu do Rio de Janeiro, marcando um avanço importante do Projeto Refauna. O trabalho conta com apoio do ICMBio e de instituições parceiras. A espécie, símbolo do Brasil e também do Tocantins, é comum em diversas áreas de Cerrado, incluindo a capital Palmas, onde pode ser avistada com frequência em praças, quintais e áreas verdes.
As aves resgatadas do tráfico de animais silvestres passaram um ano em reabilitação em Aparecida (SP). Sob os cuidados de veterinários e biólogos, reaprenderam a voar e ganharam independência antes de serem transportadas em segurança por 280 quilômetros até o Parque Nacional da Tijuca. A bióloga Lara Rezenti acompanhou todo o trajeto, que foi tranquilo.
No momento, as araras permanecem em um viveiro de aclimatação construído dentro da floresta. Segundo Breno Herrera, gerente regional do Sudeste do ICMBio, o local oferece as condições ideais para a adaptação e futura soltura. A liberação definitiva para que as aves explorem toda a área do parque deve ocorrer em até seis meses.
Duas aves já foram batizadas de Fernanda e Selton, formando um casal. As outras duas fêmeas ainda aguardam nomes. Por enquanto, permanecem em um viveiro de aclimatação para se acostumar ao ambiente e evitar o contato humano. A soltura definitiva deve ocorrer em até seis meses.
No Tocantins, projetos locais de preservação buscam reforçar a conservação de aves como a arara-canindé, símbolo do estado e presença marcante em Palmas, além de promover ações de educação ambiental para combater o tráfico de fauna silvestre, um dos principais desafios da biodiversidade na região Norte.

Marcelo Rheingantz, diretor executivo da Refauna, espera que as aves se reproduzam e povoem novamente o céu do Rio. “O meu sonho é ver essas araras voando ao redor do Cristo Redentor”, afirmou. Para ambientalistas tocantinenses, o caso inspira novas parcerias para fortalecer a fauna do Cerrado.
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