Na última quinta-feira, 24, o idoso Manoel Marciano da Silva, 71 anos, que era dado como morto, se dirigiu, com seu filho Antônio Marciano, ao cartório de registro civil de Augustinópolis, no extremo norte do Tocantins. Ele teve certidão de óbito cancelada, após uma ordem judicial, e restabeleceu sua condição legal de cidadão brasileiro vivo, após 28 anos erroneamente considerado morto. As informações são do G1 Tocantins.
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O equívoco decorreu do registro feito por sua ex-esposa, com quem esteve casado por duas décadas, logo após sua separação. A certidão, datada de 1995, alegava causa desconhecida de morte e sepultamento em um cemitério no qual ele nunca esteve. Manoel, natural do Piauí, trabalhava no campo em Sítio Novo do Tocantins, no norte do estado, onde conheceu sua ex-mulher e teve quatorze filhos, com apenas quatro sobrevivendo devido à falta de acesso à saúde na região.
A anulação da certidão de óbito ocorreu em 14 de agosto por decisão judicial, acompanhada de investigação da Polícia Civil sobre falso testemunho e fraude documental, que envolve a ex-mulher e outros participantes. A atitude do juiz foi elogiada por Ramos, emocionado por restabelecer não apenas a vida no papel, mas também a dignidade do idoso.
A ex-esposa não concedeu entrevista, e os filhos acreditam que sua mãe, analfabeta, tenha sido induzida ao erro. Manoel não guarda ressentimentos e expressou apenas dois desejos: “Saúde e o benefício que me é devido”, disse ele, com uma risada.