Após o discurso polêmico do prefeito de Araguatins, Aquiles da Areia (PP), ironizando as mortes pela Covid-19, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) emitiu um ofício lembrando o gestor que as aglomerações na cidade estão proibidas por causa da Covid-19.
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A declaração foi feita nesta terça-feira (15) quando o gestor anunciava obras de pavimentação asfáltica. No local ele lembrou de aglomerações na Praia da Ponta e mesmo sabendo que a situação pode elevar os números da pandemia no município, o gestor disse que não vai proibir as pessoas de aproveitar o espaço de lazer.
“Eu vou. Pegar uma prainha. Tenho 60 anos na beira do Araguaia, porque eu não vou?”. A fala repercutiu na cidade e deixou parentes e amigos de vítimas abaladas.
Ao tomar conhecimento da conduta do prefeito, o MPTO precisou lembrar da existência do decreto municipal que veda a realização de aglomerações como forma de prevenir a transmissão do vírus.
Segundo o órgão, “no documento o promotor de justiça, Décio Gueirado, ressalta que o funcionamento da praia promoverá frequência de público e, consequentemente, ferirá a própria norma da municipalidade que tem validade até o dia 30 de junho”.
O MP informou que diante da proximidade do fim do decreto, o órgão estuda a possibilidade de expedir nova recomendação à Prefeitura para que as medidas preventivas sejam prorrogadas. O prazo para que o município responda o ofício é de dois dias.