Brasil – Os professores das universidades e institutos federais devem encerrar a greve, que já dura mais de dois meses, até o dia 3 de julho.
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O Comando Nacional de Greve (CNG) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) decidiu, por maioria, finalizar a mobilização docente.
Termo de acordo será assinado pelo governo Lula
O termo de acordo apresentado pelo governo Lula (PT) será assinado na quarta-feira (26/6) e o Comando Nacional de Greve será desfeito no dia seguinte (27/6). Em nota, o Andes reconheceu que a proposta do governo, embora considerada insuficiente, preserva o saldo político e organizacional positivo da greve.
O sindicato demandava um reajuste salarial para 2024. No entanto, o governo propôs reajustes nos próximos dois anos: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. “Embora os termos do acordo não atendam adequadamente às nossas demandas, refletem avanços possíveis graças à força do movimento paredista”, afirmou o Andes.
Até então, apenas a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) havia assinado o acordo com o governo. A maioria das instituições mantinha a mobilização.
Reestruturação e investimentos na educação
Além do reajuste salarial, o acordo inclui a reestruturação na progressão entre os níveis da carreira docente, com impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.
O Ministério da Educação (MEC) propôs alterações na carga horária dos professores dos institutos federais, revogando a Portaria nº 983/2020 do governo Jair Bolsonaro (PL). Também foi sinalizado um investimento de R$ 5,5 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para centros e hospitais universitários.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou um acréscimo de R$ 400 milhões para o custeio das instituições federais, dos quais R$ 279,2 milhões serão destinados aos centros universitários e R$ 120,7 milhões aos institutos federais.