Brasil – O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) ordenou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima nesta segunda-feira, dentro do contexto da Operação Integration, que também já resultou na prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra. A operação investiga um esquema de lavagem de dinheiro associado a jogos de azar, suspeitando-se de movimentações que alcançam cerca de R$ 3 bilhões.
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A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, foi a responsável por expedir o mandado. Segundo divulgado, o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, solicitando novas diligências e propondo a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares menos severas. No entanto, a magistrada afirmou que “no momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa é capaz de garantir a ordem pública”.
Desdobramentos e Impactos do Caso
A operação teve início no dia 4 de setembro, com a apreensão de um avião pertencente a Gusttavo Lima, além da prisão de Deolane Bezerra e outros envolvidos. Deolane, que recentemente inaugurou a empresa de apostas Zeroumbet com um capital de R$ 30 milhões, teve R$ 20 milhões bloqueados pela Justiça, junto com outros R$ 14 milhões pertencentes à sua empresa.
Após sua prisão, Deolane deixou a cadeia em Recife no dia 9 de setembro, beneficiada por um habeas corpus, mas retornou ao sistema prisional após descumprir medidas cautelares. Ela e outros detidos são suspeitos de integrar uma ampla rede de lavagem de dinheiro, com aquisições de carros de luxo e outros bens de alto valor indicando a possível origem ilícita dos recursos.
Em uma série de declarações públicas e nas redes sociais, Deolane se defendeu, alegando inocência e criticando o processo como injusto e cheio de abusos. No dia 11 de setembro, um novo pedido de habeas corpus para a influenciadora foi negado, com o juiz citando, entre outras razões, o “financiamento de manifestantes” por familiares como motivo adicional para a manutenção da prisão.