O biólogo Alysson Muotri, que dever ser o 1º cientista brasileiro a ir ao espaço, tem o projeto de levar pesquisas de outros colegas do país para a Estação Espacial Internacional (ISS). O objetivo dele é integrar a ciência do Brasil a essa missão planejada para 2024.
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[Estou] mapeando os potenciais interesses de cientistas brasileiros que desejam fazer experimentos na Estação Espacial para incorporá-los na pesquisa”.
— Alysson Muotri
Na viagem programada para novembro do próximo ano, Muotri pretende desenvolver pesquisas que serão fundamentais para avaliarmos a viabilidade da colonização interplanetária.
Isso porque o cientista terá como principal tarefa melhor entender os efeitos da microgravidade nos chamados “minicérebros”, uma versão reduzida do nosso mais complexo órgão criada em laboratório por meio de células-troncos.
Como algumas agências espaciais têm projetos ambiciosos de exploração do espaço planejados para este século (que exigem longas viagens), entender o comportamento dessa estrutura completa que simula de forma simples a organização celular encontrada no cérebro humano é fundamental para o sucesso dessas empreitadas.
“Eu quero integrar a ciência brasileira e os cientistas que estão trabalhando no Brasil nesse projeto”, acrescenta o pesquisador.
Muotri, que deve passar cerca 10 dias na ISS, fala ainda que quer unir o que considera como “diáspora”, os cientistas que estão no exterior, com a ciência brasileira nessa iniciativa que busca descobrir formas de proteger o cérebro de astronautas dos efeitos da microgravidade.
Em 2019, em colaboração com a Nasa, a agência espacial norte-americana, e a Universidade da Califórnia, o pesquisador já tinha enviado minicérebros para o espaço. Com a pesquisa, ele constatou que as células cerebrais envelhecem mais rapidamente nesse ambiente: cerca de 10 anos em um mês.
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