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Não é novidade que Val Marchiori, de 47 anos, está trabalhando em uma nova temporada de “Mulheres Ricas” , programa da Band que a sagrou como personalidade pública. Entre os destaques do reality, vários nomes caíram no gosto popular, como Narcisa Tamborindeguy, Brunete Fraccaroli e Lydia Leão Sayeg.
Em entrevista ao iG Gente , a joalheira, de 54 anos, revelou que não foi convidada para integrar o time do cobiçado comeback . A empresária também desabafa sobre a crise atual, afirma que sofre preconceito por “ser rica”, ele fala de sua amizade com Val Marchioria, pesar do climão.
“Ela [Val] não me convidou. Acho que ela quer fazer com outras mulheres agora. Não tenho certeza se é ela que está encarregada disso, da triagem da mulherada no caso, mas oficialmente ela não me convidou. Não sei também se vai me convidar, mas de qualquer forma eu sou meio assim [receosa]… tem que ver quem participa, porque é complicado”, inicia Lydia Sayeg.
“A temporada que participou eu, Val, Brunete Fraccaroli e Débora Rodrigues foi demais. Até hoje eu ando por aí, já faz o que, 10 anos? A gente é reconhecida no mundo inteiro. É um fenômeno. Então assim, eu não sei quem ela [Val] chamará dessa vez. Eu só sei que a marca é dela”, acrescentou a empresária, que fez uma ressalva. “Tem mais, a minha vida jurídica agora não é só mais minha, eu tenho uma equipe. Eu precisaria saber quem vai participar, até porque não pode ser uma coisa fake. Tem que ser como sempre foi, natural”, continua.
Defensora dos policiais
Recentemente, Lydia passou uma temporada em Portugal. O objetivo da viagem, ao contrário do que muitos podem pensar, não foi a trabalho. “Eu tive alguns aniversários de amigos. Lá em Portugal me lembrei o quanto é bom morar em um país onde você pode caminhar sem medo. Usando o celular que você comprou com seu trabalho, as joias, o tênis, você não precisa agarrar a bolsa. Ou seja, uma vida de gente civilizada”, comenta.
Ao fazer um paralelo Brasil-Portugal, Lydia acaba desabafando sobre criminalidade. “A verdade é que eu vivo bem assustada aqui no Brasil. A gente não pode trabalhar porque o ladrão, que não tem porte de arma, é o armado. A gente não pode ter arma, o policial não pode fazer nada, então você morre. Você simplesmente tem que entregar o que você tem e morrer. Essa viagem acho que foi para me tirar um pouco dessa realidade, respirar, lembrar que existe outro mundo além do Brasil. Eu estou muito indignada. Aqui as pessoas estão preocupadas com coisas absurdas, tinham que se preocupar com saúde, educação, o bem-estar de todo mundo. Os valores estão invertidos”, pontua ela.
E quando o assunto é polícia, ela se autoproclama “defensora da causa”. Em seu próprio Instagram, na biografia, ela ressalta isso. Questionada sobre como começou essa relação de proteção & luta, Lydia cita seu trabalho e demonstra indignação com injustiças.
“Primeiramente, eu sou joalheira, né? Então essa parte sempre me chamou atenção, pois não dá para ser hipócrita e dizer que eu não me preocupo com segurança, até mesmo para respaldar meus clientes. Com isso, eu fui prestando atenção, conversando com seguranças e com o tempo fui percebendo:
‘Quanto policial ganha? Qual auxílio saúde ele tem? E se ele morre?’. Então, eu percebi que a mulher do criminoso, o cara que te roubou, que matou sua mãe, que estuprou sua prima, que matou seu tio… aquele cara, a família dele tem auxílio, a mulher dele recebe uma pensão, ele tem um advogado do estado, isso o criminoso. Sabe o que acontece com o policial? Ele não tem nada, ele morre e a viúva se lasca. Isso é de vomitar. Eu tenho muito esse senso de justiça e alguém tem que olhar por eles. Até porque quando te acontecer algo, é para o 190 que você irá ligar”, reflete.
Durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2), a empresária garante que não demitiu ninguém de seu staff. Nesse meio tempo, ela, inclusive, abriu novos negócios para gerar empregos e ajudar pessoas.
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A joalheira – que é amiga do juiz e ex-Ministro da Justiça Sérgio Moro – já pensou algumas vezes em concorrer a cargos políticos. Porém, por motivos de saúde, ela recusa a vida pública. “Sim, eu já pensei muito em me candidatar, mas acho que em nome da minha saúde….Eu teria um infarte, eu sofro muito com injustiças. Eu vejo muita hipocrisia na minha vida normal, ingratidão e vejo como elas esquecem a ética. Além disso, no cotidiano, tem muita gente que te desrespeita”.
“Então, para não ter uma AVC, eu decidi não seguir. Eu peço até para os meus filhos me proibirem de me candidatar. Quem perde é o Brasil, pois tenho certeza que eu faria um excelente trabalho, mas eu já sofro demais com a falta de ética e da verdade dessas pessoas que mentem. Imagina eu num âmbito político? Eu não sobreviveria, eu morreria, morreria de indignação”, confessa.
A “ricofobia” e seus efeitos
Sem arrependimentos de ter participado de “Mulheres Ricas” em 2012, até hoje Lydia deixa seu bordão em evidência nas redes: “O rico tem que gastar”. Indagada sobre o que sente enquanto gasta, ela reponde:
“Quando estou gastando eu sempre penso que estou distribuindo renda. Penso em quem montou a peça, quem será que estou beneficiando, se estou tirando essa peça da prateleira – principalmente se é artesanal -, quantas pessoas terão de trabalhar de novo, quantos empregos estou dando direta ou indiretamente, estou contribuindo de alguma forma, este é meu pensamento. Sinto que estou contribuindo para a economia”, disserta.
E para quem acredita no estereótipo do rico que gasta sem limites, Lydia garante que é uma pessoa “pé no chão”. “Sou comedida, não sou [gastadora]. Eu sempre penso que tenho muita gente para pagar. Eu gero bastante emprego, sou muito de: ‘Isso eu vou comprar hoje, isso eu não posso’. Imagina [gastar sem limite]? Não é real, senão o rico não teria. Meu celular mesmo tem dois anos, eu tenho bolsa que tem 10 anos, casaco com 30 anos. Não tenho a menor vergonha disso”, aponta ela, com bom-humor.
Lydia Sayeg chama atenção para um desabafo: a “ricofobia”. “Infelizmente na era PT criaram-se vários preconceitos que antes a gente nem sabia. Tinha coisas que falávamos e nem se atentávamos que eram preconceito. Sim, eu sinto [preconceito por ser rica] até hoje, sinto demais e sinto muito. O rico é o grande e único gerador de riquezas e empregos, é o que mantém as empresas abertas”.
“O que aconteceu é que o funcionário, o vendedor, todos no geral foram ficando com tanto ódio do rico, deixando o rico com vergonha de gastar, com medo até do [gestor] financeiro dele falar: ‘Nossa, mas a senhora vai gastar isso? Vai comprar aquilo?’. Nisso, o rico foi ficando recluso, foi deixando de gastar, o que aconteceu? Crise econômica. Parabéns aos gênios por esse distanciamento do rico com quem vende. O que eles causaram foi uma grande crise mundial. Nossa, direto ouço comentários. ‘Mas a senhora comprou mais sapatos? Mas a senhora vai comprar mais isso?’. Já ouvi até cliente falar: ‘Lydia, não poderei comprar essa joia para minha filha, o que meu financeiro vai falar? Melhor não comprar’. É muito triste o que estou te contando, muito real”, desabafa.
O renascer de 2022
Em 2021 Lydia abriu novas empresas e lidou com a perda de familiares para Covid-19. Segundo ela, “batalhou 7 dias por semana, 18h por dia para manter o emprego de seus funcionários”. A empresária conta que lançará um livro sobre os “preconceitos que sofre por ser rica”.
A obra deverá sr lançada em 2022. “É muito sério esse assunto. É um preconceito que causou, sim, um grande problema na economia. Creio que vou esperar ano que vem para lançar, pois recebi o ‘legado da Hebe’ agora para tomar conta”, afirma.
Quanto ao acervo de Hebe Camargo, que inclui joias, figurinos, sapatos entre outros, Lydia garante ter “grande ideias”, como uma exposição itinerante, espetáculo musical e um novo filme sobre a apresentadora, pois o já lançado não agradou muito o filho da mesma. Todos esses projetos, no entanto, aguardam patrocínio. A socialite mantém canal no YouTube “100 Medo de Ser Feliz” com o amigo e ex-A Fazenda Fábio Arruda.