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Ídolo infantil nos anos 1990 com o grupo Oxgênios, que tinha Xuxa Meneghel como madrinha, e participante do programa “Gente Inocente”, comandado por Márcio Garcia, na emissora dos Marinho, Livia Dabarian é a tradução daquela máxima que diz que, quando o trabalho é feito com amor, não é obrigação, é diversão e felicidade. Tanto que vem colecionando personagens memoráveis nos palcos!
Formada pela American Musical and Dramatic Academy , de Nova York, a atriz venceu o reality show “Dançando na Broadway”, do Multishow, protagonizou a série “Deadly Sins”, do Discovery Channel, e interpretou a personagem Camila na primeira versão Off-Broadway de “In the Heights”.
Mais do que isso, mostrou sua versatilidade como Rita Cadillac em “Chacrinha, O Musical”; como Scaramouche em “We Will Rock You”; como a cômica garçonete em “Tudo é Jazz”; e a emblemática Mary Matoso, alternante da protagonista Natasha em “Vamp, O Musical”. Fez também participações no canal “Porta dos Fundos”.
Atualmente casada, com dois cachorrinhos e morando em Madrid, na Espanha, desde dezembro de 2020, interpreta nos palcos a vilã Killer Queen, em “We Will Rock You”. Esses e outros assuntos deram o tom ao bate-papo exclusivo com o site. Confira os melhores momentos na íntegra!
1. Você se considera mais uma atriz cômica ou dramática?
Acredito que a comédia e o drama são os dois lados de uma mesma moeda. Normalmente, as situações mais engraçadas acontecem quando algo é dramático, porém a pessoa reage de uma forma inesperada! Daí vem a parte divertida. Mas fazer as pessoas rirem é algo que me dá mais prazer do que fazê-las se emocionar (risos)!
2. Quando criança, você participou do programa da Xuxa e do “Gente Inocente”. Era uma garota prodígio?
Olha, confesso que eu, desde sempre, tive uma predisposição para ser supercomunicativa, artística. Isso já veio comigo. Mas descobri que queria seguir essa carreira me expondo a aulas de dança, e com três anos de idade! Comecei a fazer canto e teatro aos cinco e, a partir daí, nunca parei de estudar. Quis aprender piano, violão, ballet, jazz contemporâneo… Coitada da minha mãe (risos)! Então, na verdade, acredito que tive a sorte de descobrir cedo o que me faz feliz! Mas o resto foi muita dedicação e estudo.
3. Quais recordações você guarda dessa época? Ainda mantém contato com as pessoas?
Nossa! Tantas lembranças boas! Nesse meio se trabalha durante longas horas de gravação, ensaio, mas a satisfação de fazer o que se ama não tem preço! Com os Oxgenios, banda com a qual eu cantava no programa da Xuxa, viajamos o Brasil inteiro fazendo shows. Consegue imaginar a felicidade dessa criança (risos)? No “Gente Inocente”, passamos um tempo ensaiando e depois gravando no estúdio. A cada dia eu realizava um sonho diferente.
4. Você perdeu 45 quilos. De que forma lida com o peso?
Como estamos todos lidando com a balança nessa pandemia, gente (risos)? Apesar da enorme vitória de perder 45 kg com a bariátrica, a luta para me manter saudável é constante. A obesidade é uma doença que requer atenção, e é isso que sigo fazendo, buscando o equilíbrio.
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5. Atualmente, você acredita que consegue mais papéis porque está com o peso ideal? E, quando pesava um pouco mais, chegou a perder algum trabalho? Já sofreu preconceito?
O mundo está, finalmente, mudando para isso! Hoje vemos atrizes com silhuetas normais sendo protagonistas na Broadway, por exemplo! Ainda há uma longa jornada para se normalizar corpos reais, mas acredito que estamos num lugar de libertação lindo! Quando eu estava acima dos 100 kg, esse movimento ainda não tinha tanta força, então sinto que sim, perdi várias oportunidades por estar acima do peso. Gordinhas só podiam atuar como a gordinha que falava sobre ser gordinha. Já cheguei a ouvir de um diretor que, por estar acima do peso, eu não podia usar a blusa do uniforme do grupo e que, para mim, teria que ser uma bata para esconder a gordura.
6. Você teve vários problemas de saúde, como diabetes e esteatose hepática. Como está atualmente?
Sim! Esse foi um dos principais motivos de ter feito a bariátrica. Hoje a minha saúde está muito bem e controlada.
7. Hoje você mora em Madrid. Como foi sair do Brasil e passar a trabalhar no exterior?
Saí do Brasil com dezessete anos e já morei em um navio de cruzeiros, Londres e Nova York, onde me formei em teatro musical e fiz o espetáculo “Off-Broadway”. Só depois de muitos anos voltei ao Brasil e agora estou amando essa nova fase chamada Madrid! Eu me considero uma cidadã do mundo e amo me expor a culturas novas!
8. Você sentiu preconceito por ser brasileira?
Aqui na Espanha há muita burocracia! Uma papelada sem fim (risos)! Então, nem tudo foi fácil! Mas não fui discriminada pela minha nacionalidade. Acho que as dificuldades aconteceram pela quantidade de coisas a serem resolvidas.
9. Você é uma das protagonistas de “You Will Rock You”, em Madrid. Como está sendo essa experiência?
Estou animadíssima! Esse musical é extremamente especial para mim, por já ter feito a mocinha Scaramouche no Brasil, onde conheci meu marido Alírio Netto, que fazia meu par romântico, e agora tenho a oportunidade de fazer a vilã Killer Queen! Que presente! Estamos ensaiando muito para que seja um espetáculo inesquecível para todos os que vierem assistir.
10. Você é casada com um ator também brasileiro. Pensa em ter filhos?
Sim! Queremos muito! Sempre tive o sonho de ser mãe e adoraria ter dois filhos: um biológico e um adotado! Vamos ver como os planos da vida se desenrolam!