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Após abandonar entrevista ao vivo na Jovem Pan, ainda na quarta-feira (27), Jair Bolsonaro [sem partido] falou sobre as constantes críticas que recbe da imprensa, especialmente do “Jornal Nacional”, principal noticiário da Rede Globo. Em papo com o chefe de Estado, Sikêra Jr, contratado da Rede TV, comentou. “Realmente é muita pancada [da Globo contra Bolsonaro], e o interesse a gente já sabe. A maior prova que nós temos hoje é a demissão em massa dos funcionários da TV Globo. Demite todo dia alguém do seu casting, já não é mais a mesma. Grandes funcionários, pessoas boas. Tenho lá que perderam seus empregos”.
Bolsonaro, por sua vez, concordou. “Em vez de passar notícia e você processá-la, o cara já dá opinião. Isso procede como um partido de oposição. É o tempo todo assim… Vou apanhar da imprensa. Quando eu não apanho fico até preocupado. Todo dia tem pancada”, queixou-se. Em seguida, ele ironizou de forma velada William Bonner. “[Essa onda de críticas], inclusive, tem participação dele, do âncora: ‘ele comeu cachorro quente sem máscara'”, riu Bolsonaro, simulando a voz do jornalista e recordando seu hábito de não usar máscara de proteção.
Não é de hoje que Bonner desmente Bolsonaro durante o “Jornal Nacional”. Na última segunda-feira (25), o apresentador citou como “falsa e absurda” a fala do presidente que associa a vacina contra o novo coronavírus (Sars-coV-2) à Síndrome de Imunodeficiência Adquirida [AIDS]. “Completamente falsa e absurda. Desde que foi publicada, essa nova iniciativa de Bolsonaro de desacreditar vacinas e desestimular a vacinação deixou incrédulas as comunidades médicas e cientificas. [Além disso], provocou críticas veementes também no meio político”, discursou o jornalista, referindo-se à live do presidente que foi excluída do Instagram, Facebook e YouTube por conter material com informações irreais.
Para quem não se lembra, em live transmitida recentemente nas redes sociais, o chefe de Estado afirmou que supostos estudos do Reino Unido teriam concluído que os indivíduos totalmente imunizados estariam desenvolvendo a AIDS “muito mais rápido do que o previsto”. A declaração gerou revolta em diferentes núcleos da sociedade, desde organizações reguladoras, passando por agências de saúde e até telespectadores.