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Foi Mauricio Carvalho quem reconheceu os corpos de Marília Mendonça e dos demais passageiros do avião bimotor. Advogado de direitos autorais da Workshow, empresa que agenciava a artista, ele chegou à cidade horas depois do acidente e foi direto para o IML realizar o reconhecimento dos corpos e liberá-los. Na manhã de sábado, dia seguinte da tragédia, Mauricio esteve no local onde o avião caiu para recolher alguns pertences das vítimas, que a polícia ainda não tinha conseguido resgatar.
“Havia o medo da cachoeira levar o avião, que estava em um lugar muito instável, impossibilitando o recolhimento de todos os objetos. Quando chegamos lá, encontramos documentos, celulares ainda recebendo mensagens, iPads, roupas…. Foi muito triste e impactante olhar aquilo tudo”, diz o advogado, que completa: “Achamos algo que, aparentemente, é um diário que pode conter músicas inéditas, além de outras coisas. Mas ele estava muito molhado e ficamos com medo de estragar. Preferimos acondicionar de maneira correta, esperar secar até verificar do que se trata”.
Mauricio havia passado toda a manhã da última sexta-feira em reunião na empresa. De lá, seguiu para a academia e só depois que acabou de malhar checou o celular, já repleto de mensagens com rumores do acidente. “Liguei para o escritório e ninguém sabia de nada, as informações estavam totalmente desencontradas, não havia nada sólido. Comecei a receber mensagens de pilotos de avião, porque minha família tem aeronave, e a gente conhece o meio. Pedi para acionar um jato, que já ficou na pista esperando, falei com o empresário e ficamos de prontidão”, conta Carvalho: “Só foi o tempo de passar no meu apartamento para pegar minhas coisas e partir. Pousamos na cidade mais próxima e percorremos 150 quilômetros até o local do acidente. Fui chorando daqui até lá”.