28 de abril de 2024 23:19

Educação

Seduc admite falta de condições e CEE-TO defende Novo Ensino médio em audiência pública realizada com professores e alunos contrários à mudança; confira

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Seduc admite falta de condições e CEE-TO defende Novo Ensino médio em audiência pública realizada com professores e alunos contrários à mudança; confira

A discussão sobre a implementação do Novo Ensino Médio foi conduzida pelo presidente da Comissão da Educação, Cultura e Desporto, deputado Marcus Marcelo, em uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (27), na Assembleia Legislativa, com alunos, professores, profissionais da educação, representantes de sindicatos, órgãos e unidades escolares públicas e privadas e lideranças políticas de todas as regiões do Estado.

O Ministério da Educação suspendeu a implementação do novo modelo do Ensino Médio, que começou a ser implementado no Brasil em 2022 em escolas públicas e privadas, devido à falta de diálogo e integração entre os agentes da educação, alunos e gestores públicos.

Os representantes de entidades de trabalhadores da educação criticaram como o programa de ensino foi apresentado às instituições e gestores, sem prévia discussão com a categoria e alunos, e sem análise da realidade de cada região.O novo Ensino Médio começou a ser implementado no ano passado em todo o Brasil em escolas públicas e privadas.

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Para o presidente do Sintet, José Roque, o assunto tem gerado muita polêmica nas escolas e deixado os professores desanimados porque o programa do Governo Federal foi imposto aos Estados sem oferecer estrutura física, tecnológica e de formação profissional.

“Não concordo com a implementação de um modelo de ensino que não valoriza os professores e não é adequado à nossa realidade”, defendeu.

 

Sem condições

A superintendente da Educação Básica da Seduc, Celestina Maria Souza, que representou o secretário da Educação, Fábio Vaz, reconheceu que o Estado não tem condições de realizar todas as adaptações exigidas.

“Tem cidade que conta com apenas uma escola de ensino médio, sem a menor
estrutura para se adequar às exigências do novo sistema e ofertar os
itinerários que o programa prevê. Pelo programa, a escola teria que
ofertar quatro itinerários de ensino, para o aluno escolher, porém a
maioria dos Estados mal conseguiria oferecer duas modalidades de
itinerário formativo”,

explicou.

O presidente do Conselho Estadual da Educação, Evandro Borges, frisou que suspensão do cronograma do novo Ensino Médio vai dar o tempo que os profissionais precisam para debater alternativas e apresentar soluções ao novo programa, com propostas para o relatório, que será entregue ao ministro da Educação, Camilo Santana.

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Para Evandro, o antigo Ensino Médio não despertava mais o interesse dos alunos.“Precisamos analisar os índices de evasão escolar e buscar um ensino atrativo, revogar o novo modelo seria retroceder”, justificou.

Mudanças

As mudanças na oferta das disciplinas podem prejudicar os alunos que ainda vão fazer as provas do Enem, com a retirada na grade de ensino das disciplinas de História, Arte, Química e Biologia, e ainda desobrigar a oferta da disciplina de Redação.

A falta de estrutura física, tecnológica e de formação profissional foi apontada como um problema para a implementação do novo modelo. Além disso, a falta de profissionais capacitados para lecionar as novas disciplinas também foi mencionada como um desafio.

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A suspensão do cronograma do novo Ensino Médio permitirá que os profissionais debatam alternativas e apresentem soluções ao novo programa, com propostas para o relatório que será entregue ao Ministro da Educação, Camilo Santana. O objetivo é encontrar um ensino atrativo, que não gere evasão escolar e que valorize os professores.

Fonte: ALETO – (Maisa Medeiros)

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