Será realizada uma audiência pública no plenário da Assembleia Legislativa do Tocantins, em Palmas, nesta quinta-feira (27), às 15 horas, para discutir o Novo Ensino Médio, que começou a ser implementado em escolas públicas e privadas no Brasil no ano passado. O público foi convidado para participar da discussão, que irá reunir representantes de órgãos e entidades educacionais públicas e privadas de todo o Estado.
- Publicidades -
O deputado estadual Marcus Marcelo (PL), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, é o autor da proposta cujo objetivo é apresentar sugestões, correções, soluções e alternativas para melhoria do Novo Ensino Médio do Tocantins, com ênfase em priorizar a Educação de qualidade.
Você é nosso convidado a debater o tema […] Importante, nós, o Tocantins, termos a nossa participação nessa discussão, com propostas regionalizadas, priorizando a Educação de qualidade”,
explicou Marcus Marcelo.
O documento resultante da audiência será entregue ao ministro da Educação, Camilo Santana, e encaminhado para a Subcomissão Temporária do Senado, criada para debater e avaliar o Ensino Médio no Brasil.
O novo ensino médio
O novo sistema, instituído pela Lei nº 13.415/2017, prevê maior flexibilização no currículo, com ênfase em cinco áreas do conhecimento: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Formação Técnica e Profissional. O estudante tem o direito de escolher quais disciplinas cursar, o que é criticado por alunos, profissionais da Educação e pesquisadores.
As discussões em torno do Novo Ensino Médio são polêmicas em todo o país, com queixas sobre a redução de disciplinas tradicionais e a falta de formação dos professores. A audiência pública do Tocantins pretende contribuir com a melhoria do sistema de ensino médio brasileiro.
Manifestações no Estado
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), em adesão ao chamado da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (CNTE), realizou um grande ato público em Palmas e paralisações em várias outras cidades do estado nesta quarta-feira, 26 de abril, dia da Greve Nacional da Educação.
Na capital, profissionais das redes públicas municipal e estadual de Palmas saíram em caminhada na Avenida JK, onde realizaram protesto com faixas, cartazes e uso de carro de som em frente à sede da Prefeitura de Palmas.
Alguns professores e alunos presentes, apontam que a reforma foi feita sem uma ampla discussão com professores, alunos e pais de alunos. Outras críticas se referem à redução da carga horária de disciplinas consideradas importantes, como Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física, além da falta de formação adequada para os professores que irão ministrar as novas disciplinas e a desvalorização da formação geral do estudante em detrimento da formação técnica e profissionalizante.
Além disso, há preocupação com a desigualdade de acesso à educação e a dificuldade de implementação da reforma em escolas com infraestrutura precária e falta de recursos humanos e financeiros.