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ARTIGO | VOCÊ ERA O FILHO(A) FAVORITO DE SEUS PAIS?
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Os palmenses têm, em média, de 2 a 3 filhos, essa realidade tem se mantido assim pelos últimos 15 anos. Uma casa com três ou mais crianças geralmente é cercada por muita bagunça e confusão, e para os pais, manter o cuidado constante e suas responsabilidades em dia para com seus filhos é sempre um desafio novo diário. Entretanto, por vezes surge aquela dúvida desconcertante: Você tem um filho favorito? Muitos dirão revoltados que isso é um absurdo, não existem filhos favoritos os pais “amam a todos igualmente”. Entretanto, a maioria das pessoas afirma que existia sim um filho favorito (e não era ela), como pode?
Por mais que esta seja menos feio confessar, existe todo um campo de estudo sobre como os seres humanos tendem sim ao favoritismo, não apenas em relação aos filhos, mas, em todas as relações e em tudo o que consomem, veem, ouvem e fazem. Pesquisas comportamentais indicam que ao menos 60% das famílias possuem algum tipo de favoritismo em relação aos filhos. A psicologia inclusive desenvolveu uma área de acompanhamento ao que eles chamam de Tratamento Parental Diferenciado, para atender crianças, adultos e até idosos que ainda sofrem com esse sentimento de rejeição e favoritismo.
Essa questão gera muita polêmica na sociedade, porque parece ser algo horrível a possibilidade de você tratar seu filho(a) como uma peça de roupa, tipo de música, de prato ou gênero de filme que você gosta menos do que outros. Mas, não funciona exatamente dessa forma! Quando se trata de pessoas, especialmente de nossas famílias, tendemos a apreciar e desenvolver afeto e amor a cada um, o que muda é a intensidade e a forma com que lidamos com esse favoritismo, um gostar de maneiras diferentes. Há estudos alegando que os pais podem agir assim, simplesmente por sentirem que aquele filho precisa mais de sua atenção, do que o outro (por ser o mais novo ou mais frágil).
Uma reportagem recente da BBC expôs estudos norte americanos que apontam a possível origem dos problemas relacionados ao favoritismo, onde normalmente cada indivíduo tendem a se sentir desvalorizado ou menos apreciado por seus pais, não porque esta seja a realidade, mas porque o próprio ser humano sente a carência de atenção plena e constante, costuma supervalorizar mais suas próprias emoções e necessidades a despeito dos outros, o que acaba muitas vezes lhe fazendo ter uma visão de mundo, em que não tem atenção o suficiente ou mesmo é rejeitado.
Em resumo, a melhor forma de lidar com questões relacionadas à área afetiva/familiar é com muito diálogo e terapia, pois estamos vivendo em um período em que tanto crianças, quanto adultos sofrem de transtornos de ansiedade e traumas da infância, e como sabemos, traumas não tratados geram mais traumas.
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