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O ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda sente a pressão e as críticas de colegas do Palácio do Planalto sobre seu trabalho e atitudes. Ministros de Jair Bolsonaro pressionam o presidente para demitir Guedes, embora saibam que isso não acontecerá. A informação é da coluna Painel, da Folha , e confirmada pelo iG.
Nos últimos dias, ministros questionaram a falta de colaboração de Guedes as demandas da ala política, mesmo após o ministro ter aceitado furar o teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil de R$ 400. Na visão de ministros, Paulo Guedes não foi colaborativo e poderia ter prejudicado o lado político de Bolsonaro.
Outro fator de desavenças entre ministros e Guedes são as críticas públicas do chefe da economia aos outros colegas de Planalto. Na última semana, Paulo Guedes chamou o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, de burro e incompetente em reunião com deputados federais, em Brasília. Na época, o ministro ressaltou que Pontes não sabe como destinar recursos de sua pasta.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), endossou o discurso do centrão sobre Guedes e pediu para que deputados dessem maiores detalhes sobre o encontro. Após a polêmica, no entanto, Guedes prestou explicações sobre suas falas aos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), principais articuladores do centrão no Palácio do Planalto.
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Fora isso, Guedes criticou, indiretamente, ministros de Bolsonaro que sugeriram nomes para substituí-lo em caso de demissão. Entre os nomes cotados estavam Mansueto Almeida, ex-secretário do Tesouro, e Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal.
Nos bastidores, os ‘adversários’ de Guedes teriam o aval de Jair Bolsonaro para procurar outros nomes para pasta. A polêmica ficou ainda maior após a demissão de quatro secretários do Ministério da Economia no fim do mês passado.
Ministros reafirmam que se Guedes continuar travando as pautas da ala política, Bolsonaro ficará ainda mais pressionado e deverá tomar atitudes contra o economista. Até lá, a chance de Guedes ser demitido ou pedir para sair, segundo interlocutores, é zero.