Expectativa do 13° é alívio dos devedores e esperança de lucro do comércio no Tocantins; entenda

Quase 90% dos brasileiros pretendem usar o 13º salário para quitar dívidas. Segundo uma pequisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), 87% dos entrevistados darão este destino aos recursos – uma fatia um pouco maior que no ano passado, quando esse percentual ficou em 86%.

“Isto demonstra que a redução da atividade econômica, desemprego maior, taxas de juros elevadas aumentaram o endividamento dos consumidores”, aponta a entidade em nota. Há dez anos, a fatia dos entrevistados que pretendiam usar o 13º para pagar dívidas era de 64%.

Com tantos brasileiros usando o dinheiro para pagar dívidas, os presentes deste fim de ano devem ficar magros. Só 5% dos entrevistados disseram que pretendem usar parte do 13º para comprar presentes. Outros 2% pretendem usar o dinheiro para pagar as despesas de começo de ano, enquanto outros 2% pretendem poupar parte do que sobrará.

A palmense Amanda da Cunha não vai remar contra a maré e o 13° também será utilizado para pagar dívidas. Algumas estão acumuladas do início do ano e o décimo vem salvar a nossa pele”, explicou. 

De Miracema do Tocantins, a fisioterapeuta Itana Mayana que também administra uma loja de artigos para presentes contou que a chegada do décimo terceiro é a chance do lojista lucrar um pouco mais. “Mesmo aqueles que vão quitar contas tem a meta de comprar presentes para a família e também amigos secretos. o 13° é um sopro de esperança para o comerciário”, comentou.

A Anefac aponta ainda que 1% quer usar parte dos recursos para compra e reforma da casa, e que 3% já receberam parte ou todo o 13º ao longo do ano, ou fizeram empréstimos em antecipação.

Dívidas e presentes

Entre as dívidas que os brasileiros pretendem pagar com o 13º, as principais são aquelas com cheque especial (45%), cartão de crédito (49%) e financiamento bancário em atraso (3%).

Já os principais presentes que devem receber os recursos são roupas (64%), bens diversos (55%), celulares (53%) e brinquedos (36%).

A pesquisa foi realizada junto a 1.130 consumidores de todas as classes sociais durante o mês de outubro.