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O pré-candidado à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, usou as redes sociais nesta sexta-feira (29) para criticar os lucros obtidos pela Petrobras em meio à alta dos combustíveis. Ontem, a estatal divulgou que teve um lucro de R$ 31,1 bilhões no terceiro trimestre deste ano.
“Os números do balanço do último trimestre da Petrobras, divulgados ontem, são um tapa na cara de cada brasileiro e uma punhalada profunda no coração dos mais pobres”, começou Ciro.
“Os lucros gigantescos – imediatamente distribuídos aos acionistas – agridem, zombam, humilham milhões de pessoas que pagam o combustível mais caro da história enquanto poderosos acionistas se banqueteiam”, continuou ele.
O presidencável disse que o Brasil “sua em real” para pagar “o festim dos magnatas em dólar” e disparou: “Construímos a Petrobras com nossos impostos e a riqueza do nosso subsolo e estamos entregando tudo isso a eles de bandeja”.
O discurso de Ciro Gomes reforça as falas de seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) . Ontem, Bolsonaro afirmou que a Petrobras não pode dar lucros altos como tem dado.
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“Se é uma empresa que exerce monopólio, tem que ter seu viés social, no bom sentido. Ninguém quer dinheiro da Petrobras para nada. Queremos que a Petrobras não seja deficitária, obviamente, invista também em gás, e não apenas em outras áreas. A gente quer uma Petrobras voltada para isso, mas carecemos de mudanças de legislação que passem pelo Parlamento. Mas tem que ser uma empresa que dê um lucro não muito alto, como tem dado”, afirmou o presidente.
Ainda assim, Ciro fez questão de falar que “não podemos entrar no jogo deles que querem que odiemos a Petrobras. Temos, sim, que tomá-la de volta e colocá-la no seu verdadeiro rumo”. “Abaixo a política genocida do preço dos combustíveis atrelado ao dólar! O Petróleo é nosso! A Petrobrás é nossa! Queremos ela de volta!”, completou ele.
Apesar de não mencionar quem são essas pessoas que “querem que odiemos a Petrobras”, o pedetista já se declarou contrário à ideia de privatização da empresa, a qual considerou uma “estratégia maligna”. Nos últimos dias, Bolsonaro tem considerado a possibilidade de vender a estatal de petróleo para a iniciativa privada.