O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (Podemos), anunciou pelas redes sociais que suspendeu a negociação para compra da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer. A compra de 180 mil doses do imunizante tinha sido anunciada no início do mês, após a aprovação para uso emergencial do medicamento no Reino Unido. Nenhuma vacina contra a Covid-19 foi aprovada pela Anvisa até o momento no Brasil.
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Ao justificar a suspensão da negociação, Dimas disse que tomou a decisão por causa do Plano Nacional de Imunização, divulgado pelo Ministério da Saúde. Ele lembrou “o compromisso do Ministério da Saúde de adquirir todas as vacinas registradas e autorizadas pela Anvisa”. Disse ainda que “tanto a negociação com a Pfizer quanto outra possível com o Butantan estão suspensas, já que toda a produção será destinada exclusivamente ao MS”.
Por fim, o prefeito informou que “porém continuamos atentos e com caminhos abertos, se necessário for”. Araguaína é a segunda maior cidade do estado, com 183,3 mil habitantes, segundo último levantamento do IBGE. Atualmente, é o segundo município mais afetado pela pandemia no Tocantins.
O texto que autorizava a contratação emergencial por R$ 10 milhões foi publicado no Diário Oficial do município, na quarta-feira (2), e determinava que “a Secretaria Municipal de Saúde deverá tomar todas as providências para adquirir emergencial e urgentemente as doses da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech necessárias para a imunização de toda a população residente em Araguaína.”
O imunizante da Pfizer é um dos quatro que estão sendo testados em fase 3 no Brasil. No país a vacina passou por estudos com 2,9 mil pessoas e os dados foram enviados à Anvisa.
Em meados de novembro, executivos da farmacêutica se reuniram com o Ministério da Saúde para falar da vacina, mas ainda não houve anúncio de compra pelo governo brasileiro.