O secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse que o governo anunciará medidas na área de privatização em cerca de 15 dias. “Teremos muitas notícias daqui a duas semanas”, afirmou.
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Salim falou rapidamente com a imprensa ao deixar o ministério, mas não quis dar detalhes. O governo espera a reforma da Previdência ser aprovada para anunciar medidas para aquecer a economia e na área de privatizações.
A equipe econômica trabalha para reunir num site as medidas já adotadas pelo governo e as que estão por vir após a Câmara dos Deputados aprovar a reforma da Previdência, num esforço para dar publicidade ao que vem sendo feito em meio às críticas de que o governo estacionou nas regras da aposentadoria e pouco fez para impulsionar a combalida atividade econômica.
As medidas serão organizadas sobre três pilares: equilíbrio fiscal; produtividade e competividade; e melhoria do serviço para o cidadão.
Na segunda-feira à noite, integrantes do alto escalão da equipe econômica, incluindo o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se encontraram informalmente e debateram o horizonte pós-Previdência diante da avaliação que a reforma deve ser aprovada na Câmara dos Deputados antes do recesso parlamentar.
Nesta quinta-feira, será a vez de todos os secretários da Economia se reunirem com Guedes para missão semelhante.
A ideia é jogar luz sobre as próximas ações do governo e centrar esforços nas pautas que são vistas como de maior aceitação junto ao Congresso e à própria sociedade.
“É para preparar não o anúncio, mas a concatenação daquilo que já está acontecendo porque eles (técnicos) trabalharam praticamente no anonimato para não atrapalhar a reforma da Previdência”, disse uma fonte que integra o time.
Entrará nessa compilação, por exemplo, o choque de energia barata prometido por Guedes, tema que começou a ganhar terreno e deve ser perseguido como meta daqui para frente.
Membros do próprio governo já disseram que a equipe trabalha numa proposta de reforma tributária e num novo pacto federativo com divisão de recursos com Estados e municípios. Para movimentar a economia, a liberação de recursos do PIS/Pasep e do FGTS também está sendo engatilhada.