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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) recusou o indiciamento de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, relacionado à tentativa de homicídio contra o investidor Nilson Alves da Silva, de 44 anos. De acordo com a decisão, ainda não foram realizadas diligências suficientes para que Glaidson seja indiciado.
“… entende o MP que, por ora, não há elementos suficientes para decretação de suas custódias cautelares. Não se afirma, aqui,que a investigação não caminha no rumo certo, mas sim que são necessários maiores esclarecimentos para comprovar a eventual participação no crime”, diz um trecho.
O MP-RJ também se manifesta contra a prisão preventiva de Thiago de Paula Reis, que ao fim da investigação conduzida pela Polícia Civil, foi apontado como “uma pessoa de sua extrema confiança” de Glaidson e designado para que contratasse os executores do crime, entre eles Rodrigo Moreira, um dos homens pagos para assassinar Nilson.
Nilson acabou sobrevivendo ao ataque ocorrido no dia 20 de março de 2021, por volta das 11h30 da manhã. Ele passava de carro pela Rua Maestro Braz Guimarães, no bairro Braga, em Cabo Frio, quando, ao parar em um sinal, a BMW X6 que ele ocupava, e que pode custar mais de R$ 600 mil, foi atingida por vários disparos vindos de um carro que emparelhou, ocupado por homens encapuzados.
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Baleada no pescoço, a vítima foi socorrida para o Hospital Central de Emergência (HCE) e, depois, transferida para uma unidade particular, onde chegou a passar vários dias em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
O inquérito apontou ainda que, após receber a ordem de Glaidson, Thiago contratou Rodrigo Silva Moreira, Fabio Natan do Nascimento, Chingler Lopes Lima e Rafael Marques Gonçalves Gregório para que cometessem o assassinato. Para dificultar a investigação, o quarteto utilizou um veículo clonado para fazer o cerco a Nilson e abrir fogo contra ele. Apenas Chingler e o próprio Glaidson estão presos.
Câmeras de segurança no entorno do local em que Nilsinho foi baleado flagraram a movimentação dos criminosos e também a aproximação ao carro da vítima. Em uma dessas imagens, registrada pouco depois do crime, Fabio e Chingler aparecem deixando o Honda Civic branco utilizado no ataque. Chingler, de camisa preta, desce do banco do carona segurando o que parecem ser duas raquetes de tênis. Cerca de dois minutos depois, ele retorna ao veículo, entra por alguns segundos e deixa o local novamente, enquanto fala ao telefone.
Dois dos envolvidos com o crime, Fabio e Chingler, também são acusados pela morte do investidor Wesley Pessano Santarém, em agosto, na cidade vizinha de São Pedro da Aldeia, também na Região dos Lagos. O rapaz, de 19 anos, foi executado em um Porsche avaliado em R$ 440 mil. Segundo a Polícia Civil, as investigações prosseguem para identificar se Glaidson também foi o mandante do assassinato de Pessano, que se apresentava nas redes sociais como investidor de criptomoedas.