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O prefeito de Altinópolis, José Roberto Ferracin Marques, decretou luto de três dias na cidade de pouco mais de 16 mil habitantes, no início da noite deste domingo (31), por conta da tragédia na Gruta Duas Bocas, onde nove pessoas que participavam de um treinamento para bombeiros civis, justamente sobre resgate em cavernas, morreram após o teto desmoronar devido a um deslizamento. No ofício, Ferracin escreve sobre a “consternação de toda a cidade”, no que ele define como a “a maior tragédia ocorrida na história de Altinópolis”.
O decreto justifica-se considerando “a lamentável tragédia ocorrida nesta data no Município de Altinópolis, em que 9 pessoas que faziam um curso de treinamento para bombeiro civil em uma propriedade particular denominada Gruta Duas Bocas foram soterradas após um desmoronamento de terras”, e “a consternação de toda a cidade em razão da maior tragédia ocorrida na história de Altinópolis”.
A tragédia aconteceu por volta de 1h da manhã deste domingo. Um grupo de 28 pessoas fazia a incursão, que havia começado ainda na tarde de sábado (30), quando parte do teto da gruta desabou e soterrou 10 delas. Conforme contou ao GLOBO a esposa do único sobrevivente, eles já deveriam estar de volta para o almoço.
Chovia muito na região, mas os instrutores da empresa Real Life Treinamento entenderam que deveriam seguir com a dinâmica. Segundo o próprio dono da empresa, Sebastião Abreu, em declaração dada ao portal G1, os responsáveis deveriam ter avaliado melhor os riscos.
“Tem que haver uma análise de risco. Você vem ao local, faz a análise de risco. Se houver condição de realizar o treinamento, você faz. Senão, você remarca outro dia e faz o treinamento para ter todas as precauções. Isso acabou não acontecendo”, afirmou.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil afirmam que não foram avisados sobre o treinamento na gruta. Participaram do resgate mais de 70 militares, além de PMs, agentes da Defesa Civil municipal e geólogos da Defesa Civil estadual.