2 de maio de 2024 08:20

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Menina bate o rosto em creche de SP, dorme e mãe escuta de médico: ‘corria o risco de não ter acordado’

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Menina bate o rosto em creche de SP, dorme e mãe escuta de médico: 'corria o risco de não ter acordado'

Uma menina de 3 anos ficou com o olho inchado e passou sete dias internada após escorregar e bater com o rosto no bebedouro de uma creche em Guarujá, no litoral de São Paulo. Nesta sexta-feira (29), Karolinne Silva disse querer saber o que aconteceu com a filha. O caso foi registrado no DP Sede como maus-tratos e é investigado.

A unidade informou para Karolinne que as imagens do sistema de monitoramento não foram armazenadas no HD, situação essa criticada pela mãe: “As câmeras lá funcionam, mas não gravam. É muito estranho, está contraditório”.

A Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), informou que abriu um processo administrativo e está apurando o ocorrido no Núcleo de Educação Infantil Conveniado (Neic) Jitaro Itano I, no bairro Perequê (veja mais abaixo).

Dormindo após a queda?

Karolinne foi até a escola, acompanhada da cunhada, para buscar Perola. Na unidade, as duas foram informadas por uma das funcionárias que a menina estava dormindo.

“Minha filha estava com cara de sono, não posso falar que colocaram para dormir porque não tenho provas, mas, se colocaram, foi um erro gravíssimo […]. Demorei 15 minutos para chegar e ela não estava chorando”, disse ela.

A queda aconteceu na quinta-feira (21), mas a menina esteve internada até quarta-feira (27). O médico que cuidou de Perola durante o período hospitalizada contou à mãe que, se a criança foi colocada para dormir, ela correu risco. “O médico disse que deu um inchaço interno na cabeça”.

Quando aconteceu?

A microempreendedora contou que estava no trabalho e só foi informada a respeito do ocorrido assim que respondeu a um convite feito pela creche sobre uma palestra.

Menina bate o rosto em creche de SP, dorme e mãe escuta de médico: 'corria o risco de não ter acordado'

Print mostra momento em que Karolinne foi comunicada sobre acidente com a filha em creche em Guarujá, SP — Foto: Reprodução

 

Karolinne pede que a direção do núcleo de educação informe o horário do acidente. Ela não acredita ter sido avisada sobre a queda no momento do ocorrido, algo que, de acordo com a mãe, seria um erro, inclusive pelo fato da menina não ter sido levada ao pronto-socorro.

“Não sei de fato o que aconteceu, a hora que foi, se foi naquele momento. A diretora da Seduc diz que não tem imagens porque o HD está queimado. São muitas crianças ali. Deus me livre acontecer algo pior”, afirmou.

Internação

Após sair da escola com a filha, Karolinne a levou até a Unidade do Pronto Atendimento (UPA) do Perequê, onde passou por um exame de raios X e o médico falou que não era grave. A orientação foi continuar passando gelo e tomar remédio para dor.

Em casa, Perola dormiu, mas, posteriormente, acordou com o olho inchado. Ela foi levada pelos familiares até a UPA da Enseada. “Ela tirou três raios X e, na hora que [a médica] viu, falou que tinha fratura, [tinha] um trincado”.

A médica achou melhor Perola ficar internada para passar por uma tomografia. Ela então foi transferida ao Hospital Santo Amaro (HSA), onde permaneceu hospitalizada até a última quarta-feira (27). A criança foi avaliada por neurologista e oftalmologista durante a internação.

“O médico disse que deu um inchaço interno na cabeça e, se ela realmente dormiu, corria o risco de não ter acordado mais”, contou a mãe.
Em casa, a família luta para entender o que ocorreu, enquanto a criança continuará passando por acompanhamento com os especialistas para avaliar se corre algum risco devido a queda.

“O que eu quero, o que eu preciso saber é: como ela caiu, a forma que bateu a cabeça e, de fato, o horário que foi para saber se bate com o horário que me chamaram”, disse a mãe

O caso foi registrado como maus-tratos na Delegacia de Polícia Sede de Guarujá, onde é investigado. A criança passará por exame de corpo de delito nesta sexta (29).

Menina confirmou a queda

A mãe contou ter perguntado a Perola sobre a situação, e a menina confirmou a versão das profissionais da creche. A criança contou, ainda, que o chão estava molhado e que segurava uma cadeira no momento da queda.

“Sei que minha filha caiu, ela não mente, é uma criança muito esperta. Teve muita gente questionando se era escorregão, se não era agressão, mas não foi. Se fosse, ela ia me falar”, disse a mãe.

O que diz a prefeitura?

A Prefeitura de Guarujá informou, ainda, que uma equipe pedagógica e multidisciplinar acompanha, desde o ocorrido, o estado de saúde da criança junto aos familiares. Inclusive, uma reunião com os pais da aluna, além dos profissionais do Instituto Professor Amaro de Araújo Lima Sobrinho (Inpra), responsável pela gestão da unidade, está agendada para segunda-feira (2).

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o Whatsapp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820

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