28 de abril de 2024 06:14

Brasil

Governo Bolsonaro apoia projeto que desmatará 11 mil hectares de terra indígena

Publicado em

Governo Bolsonaro apoia projeto que desmatará 11 mil hectares de terra indígena


source
Governo Bolsonaro apoia projeto que desmatará 11 mil hectares de terra indígena
Reprodução/Flickr

Governo Bolsonaro apoia projeto que desmatará 11 mil hectares de terra indígena

O governo federal – através do  presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – é apoiador de um projeto na Terra Indígena Sangradouro, em Poxoréu-MT, que deve desmatar 11 mil hectares de cerrado. A área total de degradação equivale a 15 mil campos de futebol e a região terá, num prazo de 10 anos, plantações de soja, arroz e milho na região. As informações são do jornalista Rubens Valente.

José Otaviano Ribeiro Nardes, produtor de soja e uma das principais lideranças ruralistas da região, afirmou que “sem o apoio do presidente da República [Bolsonaro] e da Funai nós não teríamos conseguido fazer o projeto. Só conseguimos em função do total apoio. A Funai em Brasília é uma extensão do nosso projeto”.

Leia Também:   Vereador Eudes Assis garante celeridade na aprovação do Projeto APSaúde para valorização dos servidores da saúde

Nardes é irmão do ex-deputado federal Augusto Nardes, que hoje ocupa o cargo de ministro no Tribunal de Contas da União (TCU) e é presidente do Sindicato Rural de Primavera do Leste-MT.

Segundo o ruralista, a ideia partiu do próprio presidente Bolsonaro em abril de 2017. Na ocasião, Jair ainda era deputado federal e, ao visitar a região na quarta edição do FarmShow – feira de gropecuária de Primavera – a sugestão foi compartilhada pelo político. Ao assumnir a presidência, o plano avançou através de conversas em conjunto com o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; e com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Leia Também

Para que o acordo fosse viabilizado, uma série de seis contratos foi assinada. As tratativas foram finalizadas em março de 2020 e em maio de 2021 e contou com a participação de produtores rurais e lideranças xavantes da região.


Aos indígenas, cabe “delimitar a área para cultivo devidamente demarcada por coordenadas geográficas, com anuência da Funai e devidamente liberadas pelos órgãos ambientais”, e também “responder aos processos ambientais e políticos para garantir o uso agrícola da área”.

Já os produtores rurais terão que “coordenar o processo de implantação das culturas” e “promover o transporte e venda dos produtos resultantes da Cooperação Agrícola, acompanhado pelo cooperante [associação indígena], a destino previamente acordado entre as partes”.

Leia Também:   LUTO NA MÚSICA: Morre o cantor Anderson Leonardo, do grupo Molejo, aos 51 anos

Deixe o seu Comentário

Anúncio


Mais Vistos da Semana