Duas mães, que tiveram as filhas no mesmo dia na Santa Casa da Misericórdia, no Rio de Janeiro, descobriram que os bebês tinham sido trocados. Agora, 26 anos depois, elas tentam reconstruir as famílias. As informações são do Fantástico.
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O nascimento foi em 10 de julho de 1996. Glória e Rosilane estavam na mesma sala de parto. As mães lembram que os profissionais de saúde do hospital estavam bastante confusos, mas não perceberam nenhum problema.
Cada criança foi para casa, em regiões diferentes do Rio de Janeiro, cerca de 60 km entre elas. Emanuelle foi entregue para Glória, mãe biológica da Rhayene; e Rhayene, para Rosilane, mãe biológica de Emanuelle.
Quando ficaram mais velhas, na adolescência, os traços físicos começaram a diferenciar as meninas do resto das famílias. Até que, em um dia, na família de Glória, uma parente, que é bióloga, sugeriu fazer um teste de DNA, e elas descobriram que Glória e Emanuelle não eram mãe e filha.
Glória registrou o caso na polícia e começou a procurar pela outra família.
Com a ajuda de grupos na internet, ela encontrou o telefone da família de Rosilane e ligou. As famílias trocaram fotos e ficaram impressionadas com a imagem das adolescentes. Desde dezembro, quando os exames de confirmaram a troca dos bebês, foram apenas três encontros entre todos eles.
Fica claro que já existe um carinho de família, além de um desejo em comum: que o hospital assuma a responsabilidade pela troca das crianças.
O inquérito policial concluiu que os bebês foram trocados, mas a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro alega que não há provas de que a troca aconteceu dentro do hospital. Porém, como o caso aconteceu há mais de 20 anos, o crime prescreveu.
O pedido de indenização por danos morais foi negado duas vezes pela Justiça. O advogado que defende Glória e Emanuelle disse que vai recorrer. Enquanto isso, as famílias tentam se reconstruir.
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