Um bispo de oito igrejas evangélicas foi preso na madrugada desta quarta-feira (19/02/2020) por supostamente cometer diversos crimes contra voluntárias e frequentadoras de templos religiosos situados no Distrito Federal e em Goiás. João Batista dos Santos (foto em destaque), 40 anos, é acusado de estuprar mulheres e adolescentes no Gama, Recanto das Emas, em Cristalina e Goiânia. Ele foi detido no Aeroporto Internacional de Brasília, quando voltava de Foz do Iguaçu, no Paraná.
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Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), uma vítima de 13 anos teria procurado, em 2017, o líder religioso para pedir conselhos sobre sua orientação sexual. O abusador, então, respondeu indicando um “tratamento” que consistia em passar o que ele dizia ser óleo ungido nas partes íntimas da menina.
“Ele disse que poderia ajudar e foi aí que aconteceu o primeiro abuso, que passou a ser reiterado. Posteriormente, descobrimos que ele já tinha outras ocorrências no nome dele com o mesmo modus operandi“, revelou o delegado chefe da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), Pablo Aguiar.
De acordo com investigadores, o bispo buscava a garota em casa e falava aos pais da menina que ela o ajudaria a resolver algumas questões relacionadas ao culto. Quando se certificava de que estavam sozinhos, ele a despia e praticava o estupro.
João Batista ainda teria pedido para que a adolescente lhe enviasse fotos nuas, sob a alegação de que precisava das imagens para orar por ela no monte. A vítima desenvolveu síndrome do pânico e, no meio do tratamento, contou ao profissional e aos pais, já em 2019, a violência sexual sofrida.
Apesar de a unidade policial ter dado como encerradas as investigações relacionadas aos quatro casos, o chefe da 27ª DP pede que novas vítimas não hesitem em procurar a delegacia para denunciar.
Contra o bispo há registro de outros quatro abusos. O primeiro é datado de 2013. “Ele chegou a ser condenado por estupro de vulnerável, mas estava recorrendo em liberdade”, frisa o delegado. Os outros casos são de 2014, 2016 e 2017. No de 2014, em um processo no DF aberto para investigar supostos abusos contra uma jovem de 21 anos e uma adolescente de 15, João Batista dos Santos foi absolvido. O mesmo ocorreu em 2017, quando acabou isento em processo registrado na 14ª DP (Gama) no qual era apurado denúncia de estupro de duas garotas: uma de 16 e a outra de 17 anos.