Brasil – A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou na última terça-feira (13) que as caixas-pretas do avião ATR 72, que caiu em Vinhedo (SP) e resultou em 62 mortes, gravaram com sucesso os dados de voz e informações da aeronave.
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Esses registros são essenciais para a investigação do acidente, pois capturam diálogos na cabine, alarmes sonoros e interações com o controle do espaço aéreo.
As caixas-pretas, compostas pelo Cockpit Voice Recorder (CVR) e pelo Flight Data Recorder (FDR), estão sendo analisadas no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata) do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), em Brasília.
O CVR registra as conversas e sons na cabine de pilotagem, enquanto o FDR coleta dados técnicos como altitude, velocidade e a posição dos comandos da aeronave.
Participação internacional na investigação
O Cenipa, responsável pela apuração das causas do acidente, conta com a colaboração de órgãos internacionais, seguindo as diretrizes da Convenção de Chicago sobre aviação civil. Participam das investigações o Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França (BEA), país de fabricação da aeronave, e o Conselho de Segurança nos Transportes do Canadá (TSB), responsável pelos motores da aeronave.
De acordo com o brigadeiro Marcelo Moreno, chefe do Cenipa, a validação dos dados das caixas-pretas é realizada com tecnologia avançada e será fundamental para esclarecer as circunstâncias que levaram ao acidente. O relatório preliminar da investigação está previsto para ser divulgado em 30 dias.