O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse nesta quinta-feira (22) estar profundamente preocupado com os incêndios florestais na floresta amazônica. Ele reforçou que não podemos mais arcar com os danos para uma das maiores fontes de oxigênio e biodiversidade.
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Famosos fazem campanha pela preservação da Amazônia e falam de queimadas
Queimadas aumentam 82% em relação ao mesmo período de 2018
Por sua parte, a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, afirmou estar preocupada com os incêndios florestais pelo mundo e cobrou ações urgentes. Ela considerou que as florestas são cruciais para enfrentar a mudança do clima.
Além disso, a organização publicou um vídeo falando especificamente sobre as queimadas e como elas afetam não só a flora e a fauna no local dos focos de incêndio, mas também os efeitos que elas produzem na vida de pessoas que vivem longe de onde elas acontecem.
Imagens da Nasa
Brasil e países vizinhos sofrem neste mês de agosto com o aumento das queimadas. A pluma dos incêndios foi vista em imagens de satélite, tanto aqueles usados pelo Inpe quanto os da Nasa.
Uma área de pelo menos 500 mil hectares já foi consumida pelo fogo na Bolívia, no que já é considerado o maior incêndio de sua história recente. A nuvem de fumaça que sai de Roboré, município do departamento de Santa Cruz, chegou, inclusive, a cidades brasileiras que ficam perto da fronteira boliviana.
No Brasil, de acordo com dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o número de queimadas aumentou 82% em relação ao mesmo período de 2019 – de janeiro a 18 de agosto. Foram 71.497 focos neste ano, sendo que 13.641 ocorreram no Mato Grosso, 19% do total do país.
A Amazônia concentra 52,5% dos focos de queimadas de 2019, segundo os dados do Programa Queimadas.