De janeiro a novembro desse ano, o Tocantins registrou 13.371 focos de queimadas. O número é 70% maior do que o registrado em 2018, quando foram 7.860, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Nesta segunda-feira (25), o governo fez um balanço do número de incêndios e das ações realizadas.
- Publicidades -
O estado ficou entre os quatro que mais queimaram no Brasil. A Defesa Civil disse que o número alto de queimadas tem relação com o ano passado.
“Foi um período muito seco que trouxe essa situação de muitos focos de calor no estado do Tocantins. Mas é devido à quantidade de material combustível acumulado do ano anterior que foi um ano que queimou pouco. Teve muita chuva, então queimou pouco, e com isso gerou uma quantidade de material combustível muito grande”, coordenador estadual da Defesa Civil coronel Reginaldo Leandro.
Lagoa da Confusão teve 1.630 focos e ficou entre os municípios com maior quantidade de incêndio; em Paranã foram 971 e em Formoso do Araguaia, 921 focos.
Tocantins teve 70% mais queimadas em 2019 do que em 2018
As terras indígenas e áreas de preservação concentraram a maioria dos focos de calor. Em setembro, Lagoa da Confusão, a terra da etnia Krahô Kanela, onde fica a aldeia Lankrare, foi consumida pelo fogo por mais de 11 dias.
A serra do Lajeado também sofreu com os incêndios. Uma força-tarefa composta por vários homens e pelo helicóptero da segurança pública ajudaram nos combates.
Quatro órgãos do Comitê do Fogo atuaram no combate em locais de difícil acesso. Na Ilha do Bananal, o trabalho foi reforçado por três aeronaves chilenas na operação Verde Brasil. O Ibama atuou 30 dias na ilha.
“A gente trabalhou em 85% dessa área, manejamos mais de 1,4 milhão hectares e nesse local apenas 3% foi queimado. Nas áreas onde a gente não conseguiu manejar, a gente teve um incêndio de aproximadamente 35%”, disse o diretor do Ibama, Wallace Rafael Rocha Lopes.
Durante o balanço apresentado no Palácio Araguaia, o vice-governador disse que medidas serão tomadas para reduzir os números.
“Precisamos que essas campanhas comecem em maio com trabalho de orientação a comunidades. Também estamos com campanha nas escolas e vamos trabalhar para que esses números o ano que vem seja regredido para que dê mais tranquilidade a população e mantenha a natureza cada vez mais intacta”, disse o vice-governador Wanderlei Barbosa.