Apesar das recomendações para manter o isolamento social não é muito difícil encontrar aglomerações em praças e áreas públicas de Palmas. Uma pesquisa feita pela empresa de tecnologia In Loco, que usa como base os dados de localização dos celulares, mostrou que o Tocantins tinha nesta segunda-feira (11) um índice de isolamento social de 36,95%, o pior entre todos os estados.
- Publicidades -
Nos últimos dias muitas pessoas têm saído para fazer exercícios físicos e até pescadores puderam ser vistos no lago da capital. Só que a pandemia não acabou e a recomendação é permanecer em casa o máximo possível.
O comerciante Umbelino Mendes diz que precisou sair de casa para distrair os filhos. “A gente tenta fazer algumas brincadeiras em casa para entreter eles [os filhos] e sempre que tem a oportunidade e possibilidade a gente tenta levar em um lugar mais aberto, mais arejado para não ficar o tempo todo em casa porque isso aumenta o estresse das crianças”, disse.
Nesta terça-feira (12) o Tocantins chegou a 828 casos confirmados de Covid-19, além de 14 mortes pela doença. A previsão, segundo o secretário estadual de saúde, é de que o estado chegue a 1,5 mil casos até o fim de maio.
De acordo com a pesquisa, o maior índice de isolamento alcançado no estado foi de 57,3%, no dia 22 de março. Desde então os números têm oscilado e o Tocantins apareceu em último do ranking no início desta semana.
“Tem risco, com certeza. É porque a gente é um pouco teimoso, mas a gente sempre tenta estar o mais afastado possível. A gente precisa cuidar da saúde também, mas tem que ter cuidado”, comentou a auxiliar administrativa Thais Viana, que deixou o isolamento para fazer uma corrida em uma praça de Palmas.
A cena se repete nos principais pontos turísticos da capital, como a Praça dos Girassóis, Praia da Graciosa e Parque dos Povos Indígenas. Em Palmas, são 177 casos de Covid-19 e duas pessoas morreram.
“Fiquei uns dias sem vir e agora voltei novamente porque eu sou acostumada a fazer atividade física. Então fica muito sedentária em casa, a gente fica muito ansiosa. Para espairecer um pouco, um exercício físico é fundamental”, disse a assistente social Cleia da Silva.
