O número de desempregados no Tocantins chegou a 91,7 mil em setembro, de acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados analisados, apenas entre os meses de agosto e setembro cerca de 10 mil pessoas perderam seus empregos. A taxa representa 13,5% da população em idade para trabalhar.
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Um dos que está neste grupo é o vendedor André Luiz Ribeiro, de 23 anos. Ele conta que tinha acabado de conseguir trabalho em uma loja de roupas no mês de janeiro e acabou sendo dispensado no começo de agosto quando a loja decidiu reduzir o quadro de funcionários. “A gente meio que estava prevendo que isso podia acontecer, porque não conseguimos recuperar o movimento. Uma parte dos colegas entrou naquele esquema da redução salarial e só ficaram de fora eu e mais dois. Nós três acabamos sendo demitidos”, explica.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid19 (PNAD Covid19). O levantamento revela ainda que das 588 mil pessoas estavam empregadas em setembro, no Tocantins, cerca de 42 mil estavam afastadas do trabalho. Aproximadamente 19 mil estavam afastadas por motivo de doença, licença maternidade, férias, qualificação, entre outros e 23 mil devido ao distanciamento social. Estes indicadores vêm caindo conforme as medidas de distanciamento são flexibilizadas.
O número de pessoas em trabalho remoto começou a cair. Em agosto eram 34 mil e em setembro o total foi de 33,7 mil. O número mais alto foi registrado em junho, quando 34,4 mil pessoas estavam trabalhando de casa em todo o estado.
Auxílios da pandemia
A mesma pesquisa indica que mais da metade dos moradores do Tocantins está recebeu ou recebe algum auxílio relacionado à pandemia. O número leva em consideração o Auxílio Emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda.
A proporção de pagamentos do auxílio passou de 50,2% em maio para 53,8% em junho, caiu para 53% em julho, 52,2% em agosto e chegou a 51,4% dos lares em setembro. O valor médio do rendimento em setembro ficou em R$ 923,00.
No ranking nacional, o Tocantins ficou em 14º lugar entre os estados com maior proporção de pagamentos. A liderança é do Amapá, onde 68,4% dos moradores recebem algum dos benefícios e o menor percentual é de Santa Catarina, com 24,1%.