O Tocantins é considerado hiperendêmico, conforme os parâmetros do Ministério da Saúde (MS) e ocupa o 2º lugar no ranking nacional de maior número de casos notificados de hanseníase. Em 2021, o Tocantins registrou 756 casos de Hanseníase, já em 2022, foram contabilizados 414 novos diagnósticos. O cenário é preocupante.
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Com o objetivo de traçar novas metas e orientar os municípios ‘silenciosos’, ou seja, que não notificaram nenhum caso de Hanseníase em 2022, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), promoveu na terça-feira, 25, uma reunião com 48 cidades tocantinenses sobre a importância da vigilância contra a doença.
O encontro, organizado pela Coordenação Estadual da Hanseníase, faz parte da programação semanal da Campanha do Dia Estadual de Luta Contra a Hanseníase, comemorada na última sexta-feira do mês de outubro (28).
“Estes municípios participantes não notificaram nenhum caso novo de Hanseníase até hoje, 25 de outubro de 2022, portanto, o objetivo deste encontro é sensibilizar estes gestores quanto à necessidade de desenvolver ações estratégicas voltadas para busca ativa destes pacientes com hanseníase que estão, no momento, invisíveis. Se temos um Estado hiperendêmico, se o meu município está rodeado de casos, e o meu não tem, algo está errado”, explicou a coordenadora da área técnica da Hanseníase, da SES-TO, Regina Maria Figueiredo Garcia Teixeira.
Segundo a Superintendente de Vigilância em Saúde, da SES-TO, Perciliana Bezerra, “este é o momento para buscarmos soluções para a mudança de comportamento para o enfrentamento da Hanseníase no nosso Estado. A detecção significa que estamos fazendo um bom trabalho. Precisamos trabalhar e buscar estratégias para mobilizar as equipes, especialmente os agentes de saúde comunitários, com olhares diferenciados. A Hanseníase é um problema sério de saúde pública no Tocantins, e precisamos mudar essa realidade”, finalizou.
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