Audiência pública para discutir propostas com parlamentares tocantinenses em Brasília (DF) foi parte da programação dessa terça-feira (12) na III Marcha das Mulheres Indígenas, pela delegação do Tocantins.
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Porém, nenhum parlamentar do Estado compareceu à Tenda das tocantinenses na hora do evento, ou justificou a ausência, embora tenham sido enviados convites a todos por e-mail.
O objetivo de entregar o Caderno do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária do Ano de 2024, que ocorreria na audiência, deve se concretizar nesta quarta-feira (13), quando um grupo de mulheres irá ao Congresso protocolar os documentos.
A senadora Dorinha Seabra se comprometeu em receber as tocantinenses.
Propostas
O documento reúne propostas como recursos para a construção da Universidade Indígena Decolonial Unikrahô; implantação do “Programa Quintais Produtivos”, nas aldeias indígenas do Estado e do programa “Economia Solidária Indígena”, para aquisição de máquinas de costura; fomento dos empreendimentos solidários indígenas; bancos comunitários; feiras de artesanato indígenas e outras ações para geração de renda nas aldeias.
A reivindicação das Mulheres Indígenas do Tocantins é também pela criação do Fundo de Participação das Aldeias Indígenas (FPAI), uma sugestão de minuta de Lei para a criação do Fundo também será apresentada à bancada parlamentar do Tocantins. A proposta é inspirada Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Diálogos, caminhada e show de encerramento
Na agenda desta quarta-feira, haverá ainda a roda de conversa “Projetos de Universidades Indígenas Decoloniais UniKrahô”, às 15 horas, na Tenda das Mulheres do Tocantins, no gramado do Centro Cultural Funarte.
Na programação geral do evento, a manhã é dedicada à caminhada das mulheres em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais, tema do evento deste ano. A concentração conta com a participação de lideranças como a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
Às 14 horas está previsto diálogo com as ministras sobre a carta entregue na Pré-marcha: “Vozes da Ancestralidade dos 6 biomas do Brasil”, em janeiro; às 16 horas, haverá leitura do documento final das originárias e às 18 horas, show de encerramento com as artistas indígenas mulheres e convidadas, com o tema “A cura do mundo somos nós”.
Fogueira sagrada e rodas de conversa
No segundo dia de evento, nessa terça-feira (12), foram realizadas rodas de conversa sobre Economia Solidária e o Programa Quintais Produtivos nas Aldeias Indígenas. A programação do dia encerrou com Fogueira Sagrada, onde teve danças, cânticos e rezas, e as mulheres puderam compartilhar conhecimentos e experiências.
Apoio
A mobilização para a participação das mulheres indígenas do Tocantins em Brasília é liderada pelo Instituto Indígena do Tocantins, Indtins, com a parceria de várias organizações que atuam pela causa indígena no Estado e no Distrito Federal, como o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais; da Fundação Amazônia Sustentável; do Instituto Puro Cerrado; da Fundação Nacional dos Povos Indígenas; do Coletivo do Distrito Federal de Apoio aos Povos; de Indígenas do Tocantins; do Instituto Regenerativo Tempo de Plantar (DF); da Feira Ponta Norte (DF); do Sindicato dos Professores do Distrito Federal; da Embrapa Cerrado; do Ministério do Desenvolvimento Agrário; do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Rede Impãtuw.
Envie sugestões de pauta ou denúncia para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820