A ordem para o início das obras de construção da nova ponte sobre o rio Tocantins, em Porto Nacional, foi comemorada pelos deputados nesta terça-feira, dia 1º. Anunciada em plenário pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antonio Andrade (PTB), a notícia foi repercutida pelos demais parlamentares.
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De acordo com Andrade, todos os deputados deram sua contribuição. Ele ainda agradeceu ao Governo o empenho, reconheceu as dificuldades enfrentadas pela população, mas concluiu com o anúncio de que “a hora da retribuição chegou”.
Na tribuna, o deputado Ricardo Ayres (PSB) apresentou um panorama econômico acerca da importância da ponte para o escoamento da produção e o crescimento do Estado, além do empenho de governos anteriores na obtenção de crédito a uma nova obra, esbarrado diversas vezes no desenquadramento das contas públicas.
Por seu turno, o líder do Governo, deputado Gleydson Nato (PHS), lamentou o retrocesso representado pelas balsas, que se tornaram, frente à interdição parcial da ponte, um recurso que remete ao atraso. “Mas dias melhores estão vindo. O Tocantins volta a vivenciar notícias positivas”, disse.
Empresa investigada
A Rivoli é uma das empresas investigadas pela Polícia Federal por supostas fraudes em outras obras no estado. O próprio governador do estado, Mauro Carlesse (DEM), tinha prometido que o contrato não teria prosseguimento. Durante uma entrevista no dia 7 de fevereiro deste ano, ele afirmou que estava abrindo uma nova licitação para a contratação de uma empresa para a obra.
O Ministério Público Federal (MPF) diz que a licitação foi uma fraude e apresentou denúncia contra o ex-secretário de Infraestrutura Sérgio Leão e os representantes da empresa.
No fim de agosto, a própria procuradoria já tinha dito que tinha informações de que o Palácio Araguaia pretendia continuar com o contrato supostamente fraudulento e entrou com uma nova ação da Justiça. Na época, o governo disse apenas que não tinha sido notificado.
De acordo com a publicação no Diário Oficial, a ordem é para que os serviços sejam retomados em cinco dias. O documento está assinado por Juliana Passarin.
A ponte de Porto Nacional foi construída há mais de 40 anos e chegou a ser totalmente interditada no início do ano após problemas estruturais causarem risco para os usuários. Antes disso, desde 2011, a estrutura já tinha restrições para o tráfego de caminhões acima de 30 toneladas.