O médico acusado de abusar sexualmente de várias pacientes, Paulo Rodrigues do Amaral, de 61 anos, teve o pedido de liberdade negado pela Justiça. Ele está preso pela segunda vez desde do dia 21 de julho.
- Publicidades -
Na decisão, também foi citado que mais vítimas fizeram denúncias.
Ele chegou a ser preso pelas acusações em fevereiro deste ano, mas foi solto em março, após decisão que revogou a prisão preventiva.
Para pedir revogação, a defesa do médico alegou que ele tem apresentado quadros de ansiedade, humor deprimido, angustia, irritabilidade, tristeza e outros sintomas causados por estar em cárcere. Por isso, a prisão poderia afetar a saúde do médico.
Entretanto, o juiz Marcio Soares da Cunha, da 3ª Vara Criminal de Palmas, indeferiu o pedido e citou ainda que depois que Paulo foi preso pela segunda, outras vítimas denunciaram supostos abusos que teriam sido cometidos pelo médico.
“Isso porque, há indícios de provas da materialidade e autoria do requerente quanto aos delitos praticados em relação a diversas vítimas. Além daquelas que já constam na denúncia da ação penal em tramitação, após a sua prisão, surgiram novas vítimas relatando o mesmo modus operandi, inclusive relato de estupro de vulnerável, situação, que por si só, preenche o requisito cautelar”, disse o magistrado na decisão publicada na terça-feira (8).
Quanto às alegações de problemas de saúde que o médico estaria desenvolvendo na prisão, o juiz informou que será realizada a perícia pela Junta Médica do Tribunal de Justiça para verificar o real estado de saúde mental.
“Sendo assim, em não tendo havido qualquer modificação substancial no panorama fático-jurídico que fundamentou a prisão preventiva do requerente […] inexiste motivo plausível para que este juízo defira o pedido”, decidiu o magistrado.
A defesa do médico foi procurada para comentar o indeferimento do pedido, mas informou que não vai se pronunciar a pedido da família de Paulo.