Um homem foi condenado a 21 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime fechado por tentar matar a ex-companheira em Araguaína, no norte do Tocantins. O crime ocorreu em fevereiro de 2024, quando ele ateou fogo no corpo da vítima, na frente dos filhos do casal.
A decisão foi proferida pelo Tribunal do Júri, que acolheu integralmente a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO). Além da pena de prisão, o réu foi condenado a pagar R$ 10 mil por danos morais à vítima e perdeu o direito ao exercício do poder familiar em relação aos filhos.
Tentativa de feminicídio
De acordo com a acusação, o réu Júnior França da Silva, movido por ciúmes e desconfiança de traição, jogou um tapete ensopado de tíner nas costas da mulher e ateou fogo, causando queimaduras de primeiro e segundo graus. A vítima só sobreviveu porque conseguiu retirar as roupas em chamas e recebeu socorro imediato.
O Tribunal reconheceu as qualificadoras de motivo torpe, emprego de fogo, meio traiçoeiro, feminicídio e violência doméstica, além da agravante de o crime ter sido cometido na frente dos filhos.
Marco contra a violência de gênero
O promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida, responsável pela denúncia, destacou a importância da condenação.
“Essa decisão mostra que a Justiça e o Ministério Público estão atentos e firmes na defesa das mulheres vítimas de violência, garantindo que crimes dessa gravidade não fiquem sem resposta”, afirmou.
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