Investigados por suposta participação aos ataques a Brasília, servidores do Tocantins passam por audiência

Começaram nesta quarta-feira (1º) as audiências de instrução para investigar a suposta participação de servidores estaduais nos atos antidemocráticos e ataque a Brasília (DF). Desde as ações criminosas, a Controladoria-Geral do Estado do Tocantins (CGE)

No dia 8 de janeiro, milhares de radicais bolsonaristas invadiram os prédios da Praça dos Três Poderes e destruíram o que encontraram pela frente. Pelo menos 12 servidores do Tocantins foram denunciados como participantes dos ataques, considerados terroristas.

Segundo a CGE, nesta quarta-feira (1°), quatro investigados foram ouvidos. Para quinta-feira (2), outros dois investigados serão ouvidos. As audiências vão continuar na próxima terça-feira (7), quando serão ouvidos dois investigados e duas testemunhas. As informações são do g1.

Uma portaria que formalizou o procedimento para apurar a suposta participação de servidores nos ataques foi publicada no Diário Oficial no dia 9 de janeiro, logo após os atos. Os identificados poderão responder na esfera disciplinar, conforme a portaria.

Se os casos de participação nas invasões aos Poderes forem confirmados, poderá ter demissões e outras penalidades em esferas judiciais. Os servidores não foram afastados e continuam com duas funções no estado.

“Nessa fase, os investigados têm a possibilidade de apresentar sua versão dos fatos, com todas as suas circunstâncias. Isso auxilia a Corregedoria-Geral na verificação da efetiva ocorrência de infração disciplinar”, disse o corregedor-geral, Luciano Alves Ribeiro Filho.

A plataforma Fala.BR continua recebendo denúncias sobre a identificação de envolvidos no atos terroristas. Clique aqui e veja como denunciar.

Os tocantinenses também podem fazer denúncias através da Ouvidoria-Geral do Estado, pelo WhatsApp (63) 99920-0403; nos telefones (63) 3218-2557/2573 e o 162 (gratuito), ou ainda pelo o e-mail [email protected].

Relembre os ataques

Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro após entrarem em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras e depredaram os prédios dos três poderes da República até batalhões da polícia retomarem a Esplanada e a Praça dos Três Poderes em Brasília.

Um servidor público do governo do Tocantins estava entre os presos pela polícia durante a invasão. Vamberto dos Santos Junior, de 27 anos, é contratado da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Cidades e Habitação.

Em nota, a secretaria informou que já identificou o servidor em questão e está apurando junto a seu setor jurídico quais são as medidas cabíveis.

Também na lista de pessoas presas estava o representante comercial de Palmas Adriano Marinho Stefani, de 52 anos.

Já a empresa de ônibus de Araguaína chamada Transviagens foi citada pela Advocacia-Geral da União (AGU), quando pediu o bloqueio de R$ 6,5 milhões de empresas e pessoas que supostamente tenham financiado o transporte dos envolvidos na Justiça Federal. Por telefone, o proprietário Jean Rycardo Alves Cordeiro disse ao g1 que sua empresa apenas foi contratada para fazer o transporte de passageiros.

A Prefeitura de Palmas também vai investigar a participação de servidores nos atos golpistas, sendo que pelo menos duas servidoras foram identificadas nas redes sociais.

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o Whatsapp do Jornal Sou de Palmas: (63) 992237820