Mesmo com a permanência dos incêndios na região da Ilha do Bananal, a atuação dos brigadistas que trabalhavam na área foi suspensa pelo chefe do Centro Especializado PrevFogo/Dipro, que determinou a interrupção dos trabalhos em todo Brasil. A Ilha, no sul do Tocantins, queima há meses.
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Cerca de 180 homens trabalhavam para combater o fogo na região. No início de setembro, militares do exército chegaram a ser enviados para a região para ajudar no combate. Em nota, a associação dos servidores do Ibama no Tocantins destacou que “o prejuízo ambiental de abandonar, por um dia que seja, o combate aos incêndios florestais é incalculável.”
A Ilha do Bananal e a maior ilha fluvial do mundo. No local está situada unidade de conservação Parque Nacional do Araguaia e as terras indígenas Parque do Araguaia e Inãwébohona. Em uma área conhecida como Mata do Mamão, inclusive, foram avistados indígenas isolados que vivem sem contato com a sociedade.
No Tocantins, segundo a associação, a grande maioria dos contratos está atrasados. Veículos próprios da instituição, incluindo aqueles utilizados no combate aos incêndios florestais, já estavam parados por falta de combustível. Os brigadistas também estariam sem receber diárias de alimentação desde agosto.
Questionado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) enviou nota informando que “a determinação para o retorno dos brigadistas que atuam no Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) acontece em virtude da exaustão de recursos”.
Segundo a nota, desde setembro a autarquia passa por dificuldades quanto à liberação financeira por parte da Secretaria do Tesouro Nacional. “Para a manutenção de suas atividades, o Ibama tem recorrido a créditos especiais, fundos e emendas. Mesmo assim, já contabiliza R$ 19 milhões de pagamentos atrasados, o que afeta todas as diretorias e ações do instituto, inclusive, as do Prevfogo”, afirmou.
A Secretaria do Tesouro Nacional foi procurada, mas ainda não se posicionou. O governo do Tocantins foi questionado se há possibilidade do envio de homens para continuar com o combate a queimadas na região e aguarda um posicionamento.