De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em 2020 tinham no total 10 vpitimas no estado, já em 2021 o número saltou para 22.
- Publicidades -
Os números preocupam e mostram o retrocesso na pauta dos direitos das mulheres e o sucateamento das políticas públicas, segundo especialista na área. Para as famílias das vítimas resta a espera por justiça.
“Foi um crime sem fundamento, sem explicação. Eu acho que pelo simples fato de se julgar superior, por ser homem, cometeu uma barbaridade e tirou a vida da minha mãe. Então, a gente espera que a justiça seja feita”, pediu o engenheiro Luiz Paulo.
A mãe dele é a professora Elizabeth Figueireido, que foi assassinada há oito meses na própria casa em Pequizeiro. O acusado do crime é Washington Luiz Santana de Oliveira, que era companheiro da vítima e está preso aguardando julgamento. A TV Anhanguera não conseguiu contato com a defesa dele.
Neste ano mais duas mulheres entraram para esta estatística de feminicídios. A advogada Karoline Chaves, especialista em direitos das mulheres e pesquisadora do tema, afirma que o aumento dos casos é consequência de retrocessos.
Sem acolhimento, é mais difícil para as vítimas romperem com o ciclo de violência. “Se a gente vinha caminhando a passos lentos, a gente agora tem mais entraves. A gente vê um sucateamento das políticas públicas para as mulheres no Tocantins”, comentou a advogada Karoline Chaves.
Em Palmas as vítimas de violência doméstica contam com atendimento do Centro de Referência Flor de Lis.
“Importante que a mulher perceba, antes que chegue nesse determinante do feminicídio, ela consiga romper com o ciclo da violência. Quando elas chegam aqui, recebem o norte do que fazer quando sofrem a violência”, disse a assistente social do Centro de Referência Flor de Lis, Marivalda Guimarães.
O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos informou que no ano de 2021 foram investidos cerca de 60 milhões em políticas públicas para população feminina. Também afirmou que estão previstas ações com atendimento a famílias em situação de vulnerabilidade no estado, mas os recursos previstos para 2022 aguardam aprovação do Congresso.