O ex-presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) Stálin Beze Bucar e dois servidores do órgão foram condenados por supostas fraudes na emissão de autorizações para desmatamento. A investigação é do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Tocantins.
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Os promotores afirmam que em apenas um dos casos houve o desmatamento ilegal de 268 hectares, o equivalente a 268 campos de futebol, em uma propriedade rural de Sucupira, no sul do estado. Autorizações emitidas para propriedades em outras sete cidades no mesmo período também estão sob investigação. Todas elas foram liberadas pelos mesmos servidores na época em que Bucar era presidente, em 2014.
O dono da fazenda de Sucupira onde o desmatamento aconteceu foi absolvido. Já o x-presidente e os servidores foram condenados a penas que variam de um ano e cinco meses até três anos e seis meses de prisão. Como as penas são menores que quatro anos, a juíza Keyla Suely Silva da Silva autorizou a conversão delas em restrições de direitos, como impedimento de fechar contratos com o poder público.
Entre as irregularidades apontadas, está a ausência de fiscalização nas propriedades que tiveram autorizações liberadas e pareceres técnicos que contrariavam leis ambientais já em vigor.