7 de maio de 2024 05:10

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Dois anos sem justiça: caso do médico que foi assassinado em unidade de saúde de Santa Rosa do Tocantins completa dois anos sem julgamento

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Dois anos sem justiça: caso do médico que foi assassinado em unidade de saúde de Santa Rosa do Tocantins completa dois anos sem julgamento

O caso do assassinato do médico Ricardo Maciel Catuladeira Miranda, de 55 anos, em 1º de dezembro de 2020, chocou os moradores de Santa Rosa do Tocantins. A vítima estava trabalhando na Unidade Básica de Saúde quando Hanilton Bosso Araújo, de 36 anos, apareceu dizendo que sua mãe precisava de uma consulta. Ao abrir a porta do consultório, o médico recebeu em torno de oito facadas. As informações são do Jornal do Tocantins.

Ricardo morreu após levar várias facadas em regiões como pescoço, tórax e abdômen. O autor do crime saiu a pé, com as pernas e mãos ensanguentadas, e fugiu empurrando uma moto. Hanilton foi detido no dia seguinte (2 de dezembro de 2020), em Silvanópolis e denunciado em dezembro de 2020, enquanto estava preso, mas ganhou liberdade quatro meses depois.

Em 2021, o acusado passou a responder ao processo em liberdade e recebeu uma sentença que o mandava ao júri popular em abril. O crime teria sido motivado, de acordo com o processo, por ódio e vingança. Hanilton descobriu em maio de 2020 que a esposa dele havia tido um relacionamento extraconjugal com o médico no ano anterior (2019).

A juíza Edssandra Barbosa da Silva Lourenço, a mesma que o havia soltado, entendeu ter indícios de que ele praticou o crime de homicídio qualificado por um motivo que fere os bons costumes e meio cruel.

“Acrescento que as qualificadoras do motivo torpe, meio cruel e do recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, não foram elididas pela prova carreada aos autos, devendo, portanto, serem mantidas na pronúncia, preservando-se a competência do Tribunal do Júri”, escreveu a juíza.

A defesa do acusado recorreu aos tribunais superiores, mas no dia 7 de junho deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decretou que não havia mais recurso que podia reverter a sentença. Depois disto, a defesa e o Ministério Público apresentaram uma lista de testemunhas para serem ouvidas no dia do julgamento e deixou o processo concluso para a decisão de marcar o júri desde 18 de julho deste ano, às 12h18.

O Ministério Público reforçou o pedido de condenação do réu e a imediata prisão dele após júri. O órgão também indicou seis testemunhas, entre profissionais da unidade e policiais, e duas informantes, a esposa do réu e a mãe da vítima, Maria da Conceição Maciel Catuladeira.

 

Envie sugestões de pauta ou denúncia para o WhatsApp do Jornal Sou de Palmas: (63) 9 9223-7820

 

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