4 de maio de 2024 21:07

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Comunidade denuncia ao MPTO um grande desmatamento na área quilombola do Jalapão; as árvores são arrancados pelo sistema “correntão”

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Comunidade denuncia ao MPTO um grande desmatamento na área quilombola do Jalapão; as árvores são arrancados pelo sistema “correntão”

Um desmatamento no território Quilombola Povoado Prata, no Jalapão, tem preocupado os moradores da região. A situação foi levada ao Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO), nesta quarta-feira (15), pela Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO), devido ao alto nível de destruição da fauna e flora local.

Também foi pedido, a instauração de procedimento de fiscalização e apuração de crime ambiental junto ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). As imagens registradas da área desmatada mostram a dimensão dos danos causados.

Comunidade denuncia ao MPTO um grande desmatamento na área quilombola do Jalapão; as árvores são arrancados pelo sistema “correntão”

De longe já é possível ver a dimensão do desmatamento no local. – Foto: Divulgação

 

Segundo denúncia feita por membros da comunidade quilombola, um grupo de fazendeiros está realizando desmatamento de grandes proporções dentro do território para plantio de soja.
Conforme mapa divulgado nos documentos protocolados pela COEQTO, a área que está sendo destruída encontra-se no limite do Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, área de Preservação Permanente pelo Código Florestal (APP de Veredas), apresentando risco de destruição da nascente do Rio Jaburu e do Córrego Prata.

Segundo as informações dos moradores, o desmatamento tem ocorrido por “correntão”, destruindo junto a área com a vegetação, a fauna e a flora do bioma. Também foi relatado que a área sempre foi utilizada pela comunidade para criação de gado, mas, atualmente, as famílias não conseguem utilizar essa terra para pastagem. Isso porque os produtores rurais ameaçaram matar os animais que se aproximarem das áreas de plantio.

Diante dos fatos apresentados, a COEQTO pontua que a área em desmatamento trata-se de terra quilombola já certificada e em processo de titulação e que o desmatamento de terras produtivas que estão prejudicando os rebanhos dos membros da comunidade deve ser impedido, sendo a posse reintegrada ao quilombo, verdadeiro dono da terra, sob risco de maiores impactos irreversíveis.

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