Para atender demandas relacionadas ao manejo de animais silvestres, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) iniciou a primeira etapa de distribuição de um conjunto de equipamentos e insumos para suas 15 regionais, Parques Estaduais e Áreas de Preservação Ambiental (APAs). Do conjunto, constam caixas de transporte nos tamanhos grande, média e pequena; gancho para serpentes; cambão, luvas de raspa; perneiras e puçás de rede.
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Segundo a coordenadora do Centro de Fauna Tocantins (Cefau), Samara Almeida, a quantidade de itens de cada conjunto distribuído foi estabelecida mediante demandas das Regionais, das APAs e dos parques. Já receberam os conjuntos as regionais de Alvorada, Araguaína, Araguatins, Arraias, Dianópolis, Gurupi, Paraíso, Pedro Afonso e Tocantinópolis, além das APA Ilha do Bananal/Cantão, Parque Estadual do Cantão, Parque Estadual do Jalapão e Monumento Natural de Árvores Fossilizadas.
Samara informa que na segunda etapa serão entregues os conjuntos destinados às regionais de Arapoema, Colinas e Goiatins; das APAs do Lajeado, Lago de Palmas, Formoso do Araguaia, além do Parque Estadual do Lajeado.
Samara explica que os materiais vão atender as necessidades dos servidores no que se refere ao manejo de animais silvestres e informa que todos vão receber treinamento para manusear de forma correta os equipamentos e insumos recebidos. “É muito importante que eles tenham suporte e segurança para manejar e trabalhar com os materiais adequados, pois dessa forma garantem sua própria segurança e dos animais manejados”, observa Samara.
Sobre o Cefau
A partir do ano de 2017 o Naturatins, por meio da Gerência de Pesquisa e Informação da Biodiversidade – GPIB, vinculada à Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – DBAP, iniciou a operacionalização do Centro de Fauna do Tocantins – CEFAU, posteriormente instituído pela Portaria/Naturatins nº158, de 06/06/2019, publicada no DOE Nº5.374, de 07/06/2019, o qual foi criado com o objetivo de garantir a proteção da fauna silvestre por meio da operacionalização de ações de assistência e reabilitação aos animais que se encontram em perigo iminente, e de ações socioambientais e educativas que vislumbrem a prevenção da saúde da população e o combate ao tráfico de animais.
As ações e atividades realizadas a partir do Cefau envolvem o recebimento, a reabilitação e a destinação dos animais silvestres oriundos de apreensões de tráfico, realizadas pela fiscalização dos órgãos ambientais e da Defesa Civil; provenientes de criação ilegal e de entrega voluntária; vítimas de maus tratos e de atropelamentos; com a finalidade de reabilitar e reintegrar ao seu habitat ou manter o fluxo gênico em cativeiro quando necessário. Envolve ainda a realização de campanhas educativas, informativas e de orientação, demandadas e/ou espontâneas, junto à sociedade.
A disposição dos animais apreendidos, em conformidade com a Lei nº 9.605/1998, se dá, basicamente das seguintes formas: (I) devolução à natureza, (II) manutenção dos animais em cativeiro por tempo indeterminado; (III) destinação cientifica ou eutanásia. Os técnicos especializados em manejo de fauna devem decidir sobre o destino final dos animais apreendidos, seja esse a reabilitação, a manutenção em cativeiro, envio a instituições mais apropriadas para o destino, soltura, destinação científica ou eutanásia. Para tanto, o processo de encaminhamento de animais, após a triagem, deve ser regulamentado, obedecendo a uma série de critérios técnicos que dizem respeito às espécies destinadas, características particulares do exemplar em questão e a existência de destinos adequados possíveis. A determinação dos destinos finais deve seguir também critérios de avaliação técnica sobre a qualidade e capacidade de recebimento dos locais de destino.
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