29 de abril de 2024 09:20

Tocantins

Brasil registra queda de óbitos por aids; confira os números no Tocantins

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Brasil registra queda de óbitos por aids; confira os números no Tocantins

Nos últimos dez anos, o Tocantins registrou aumento de 47,5% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 2,6 para 3,8 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o estado registrou 72 óbitos tendo o HIV ou a aids como causa básica, 94,5% mais que os 37 óbitos registrados em 2012. Entre as capitais do país, Palmas registrou 5,6 mortes para cada 100 mil habitantes no ano passado –número maior que à taxa nacional. As informações são do novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde, que também aponta taxa de detecção de aids no Tocantins de 14,2 casos por 100 mil habitantes. Palmas detectou 25,1 casos.

Em relação à detecção do HIV, em 2022, o documento mostra que foram notificados 43.403 casos em todo o país, sendo 6.200 no Norte e 304 no Tocantins. A taxa de gestantes infectadas pelo HIV na capital tocantinense é de 1,9 (casos por mil nascidos vivos). O diagnóstico em gestantes é fundamental para que as medidas de prevenção possam ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão vertical do vírus.

Cenário nacional

A queda no coeficiente de mortalidade por aids na última década foi identificada nacionalmente, passando de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou aids como causa básica, 8,5% menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado.

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Critério raça/cor

Do total de óbitos no Brasil em 2022, 61,7% foram registrados entre pessoas negras (47% em pardos e 14,7% em pretos) e 35,6% entre brancos. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações-chave e prioritárias esquecidas pelas políticas públicas nos últimos anos. Ainda segundo o boletim, na análise da variável raça/cor, observou-se que, até 2013, a cor de pele branca representava a maioria dos casos de infecção pelo HIV. Nos anos subsequentes, houve um aumento de casos notificados entre pretos e, principalmente, em pardos, representando mais da metade das ocorrências desde 2015.

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Para aprimorar os indicadores de saúde e guiar políticas públicas de combate ao racismo, redução das desigualdades e promoção da saúde ao longo dos próximos anos, o Ministério da Saúde tornou obrigatório o preenchimento do campo raça/cor no Cartão Nacional de Saúde, o cadastro do cidadão no SUS. A partir de 2023, os sistemas não permitem mais o registro ‘sem informação’, em mais um passo pela igualdade racial no país, uma das prioridades do governo federal.

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