Mães e responsáveis por recém-nascidos internados na UTI do Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, estão tendo as entradas controladas. A mudança ocorreu após um surto de bactérias infectar três bebês prematuros. A presença dos microorganismos multirresistentes na unidade foi descoberta em agosto deste ano.
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A Secretaria de Saúde confirmou a mudança na UTI Neonatal, mas informou que a situação na maternidade é “de total controle, sem novos casos e sem nenhum óbito relacionado à infecção”.
Veja abaixo a nota na íntegra.
A mãe de um paciente, Marileide de Menezes, conta que os horários de entrada foram estipulados aos acompanhantes. “Lá a gente entra das 9h ao meio dia, mas se precisar entrar eles deixam. E depois entra de 14h às 17h “, disse a técnica de enfermagem.
Ela contou que algumas precauções são obrigatórias. “Faz a assepsia das mãos na hora que você entra. Tem o capote que você usa”, explicou Marileide.
Segundo uma resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Medicina (CRM) no dia 25 de outubro, a limitação do acesso é importante para prevenir novas infecções em pacientes e funcionários.
Já a Defensoria Pública entrou no caso e recomendou ao secretário de saúde que o acesso das mães dos bebês seja livre. Ainda conforme o órgão, pelo menos seis bebês prematuros internados na UTI Neonatal da unidade precisaram ser transferidos para outros hospitais por causa do susto da bactéria.
O outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde informa que em relação à presença de microrganismo multirresistente no Hospital e Maternidade dona Regina (HMDR) a SITUAÇÃO, HOJE, NA UNIDADE É DE TOTAL CONTROLE, SEM NOVOS CASOS E SEM NENHUM ÓBITO RELACIONADO À INFECÇÃO. Dos três RN’s identificados com o microrganismo, apenas um continua internado com boa evolução no quadro clínico, um veio a óbito devido quadro grave de prematuridade, sem relação com a bactéria e o outro já teve alta hospitalar.
A prevenção para o surgimento de novos casos e a segurança dos pacientes é o principal objetivo das ações que estão sendo feitas na Unidade. As visitas na UTI continuam controladas, os pais têm acesso a cada duas horas, com controle de acesso e quantidade de pessoas, ação é estipulada pela Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH), baseados em protocolos nacionais e internacionais e embasado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM).