Desumana. É assim que pode ser descrita a situação de moradores de Bairros de Palmas que sofrem com a não regularização fundiária e com a falta de energia e outros serviços prioritários para a dignidade humana. O assunto foi abordado na Câmara de Vereadores da Capital, em Audiência Pública realizada para tratar do aumento da ligação da rede de energia elétrica, realizada nesta quinta, 23, a qual contou com a participação de representantes da Energisa, Impup, Intertins, e outros profissionais.
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A comunidade também foi ouvida, quando moradores subiram à tribuna para pedir apoio para suas causas, uma vez que estão pagando seus lotes e passam por situações difíceis sem o mínimo de estrutura para sobreviver. A vereadora Laudecy Coimbra usou a tribuna e admitiu se sentir mal diante de tal situação. Ela disse que é necessário que a dignidade das pessoas seja restaurada com o atendimento da demanda. A Vereadora dirigiu sua fala à presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano de Palmas, Germana Coriolano, a qual assumiu o Instituto há duas semanas.
“Eu vejo aqui a Germana e eu queria dizer que eu lamento, eu conheço teu trabalho de outra gestão, que tu tenhas vindo para o Impup apenas no final da gestão com tão pouco tempo para fazer e sem possibilidade de fazer quase nada. Um Instituto de Planejamento do Município que foi concebido com a melhor das intenções e que durante algum tempo fez um bom trabalho virou um mero cabide de empregos por um bom tempo. Nós tivemos lá vice-presidentes que nem sabiam pronunciar o nome do Instituto. Qual a importância que tem um instituto de planejamento para uma cidade que não se colocam lá técnicos competentes para fazer o trabalho que deveria ter sido feito?”, questionou Laudecy.
Sobre a situação, Laudecy também ressaltou que há loteadores que são mal intencionados e que há inércia do poder público. “Minha gente, nós aprovamos um Plano Diretor no final de 2017, na gestão anterior, e até hoje não mandaram para a Câmara a Lei do Uso do Solo, não foram tomadas nenhuma providência depois que o plano diretor foi aprovado. E as áreas irregulares vem crescendo vem brotando, mas elas não surgem do nada”, destacou a Parlamentar se referindo a falta de interesse do governo municipal em contribuir com diversas famílias palmenses que enfrentam esses problemas. Por último, Laudecy sugeriu como encaminhamento que seja feito o Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público Estadual, visando um trabalho em conjunto entre Prefeitura e Energisa para que as pessoas possam ter energia elétrica em suas casas de forma permanente e justa.